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EUA acusam Rússia de atrasarem condenação de ataques químicos pela ONU

kokas

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Set 27, 2006
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Os EUA acusaram hoje a Rússia de atrasar a adoção de uma condenação pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas dos alegados ataques químicos recentemente ocorridos na Síria, que provocaram, dezenas de vítimas, designadamente crianças.

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Há "provas evidentes" para confirmar o recurso ao cloro nestes ataques realizados nos arredores de Damasco, sublinhou a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, durante uma reunião do Conselho sobre o uso de armas químicas na Síria.




"Temos informações sobre um recurso ao cloro pelo regime de (Bashar) Al-Assad contra o seu próprio povo, em várias ocasiões e ainda ontem (domingo)", deplorou a diplomata.


Um alvo frequente deste tipo de ataques tem sido um bastião rebelde, em Ghouta Oriental, que tem cerca de 400 mil habitantes e está cercado desde 2013.


Os EUA fizeram circular junto dos outros 14 membros do Conselho de Segurança um projeto de declaração condenando o recurso às armas químicas na Síria. Segundo os diplomatas, Moscovo reclamou tempo antes da adoção, para poder fazer comentários.


"A Rússia atrasou a adoção desta declaração, uma simples condenação ligada às crianças sírias com dificuldades em respirar devido ao cloro", afirmou Nikki Haley.


O seu homólogo russo, Vassily Nebenzia, atacou o que disse ser uma "campanha de propaganda" visando "acusar o Governo sírio" de ataques, cujos "autores não foram identificados".


Segundo o projeto de texto obtido pela AFP, o Conselho de Segurança entende condenar, "nos termos mais fortes, um alegado ataque com cloro, em 01 de fevereiro, a Douma, uma cidade de Ghouta oriental, a leste de Damasco, tendo ferido mais de 20 civis, entre os quais crianças".


A declaração evoca uma "grave preocupação, agora depois de três alegados ataques com cloro em Ghouta oriental nas últimas semanas. Os responsáveis de um recurso às armas químicas, incluindo o cloro ou qualquer outra substância química, devem responder pelos seus atos".



O regime de Al-Assad tem sido acusado pela ONU, desde o início da guerra na Síria, em 2011, de recorrer ao gás de cloro ou ao gás sarin para fazer ataques químicos, alguns dos quais mortíferos. Em janeiro, o regime sírio tinha desmentido o recurso a armas químicas, posição que o seu representante na ONU reafirmou na segunda-feira.


No final de 2017, vários vetos russos tinham levado ao desaparecimento do Mecanismo de Investigação Conjunta (JIM, na sigla em inglês) da ONU e a Organização para a Interdição de Armas Químicas (OIAC, na sigla em francês), aos ataques químicos na Síria.


Em janeiro, Moscovo tinha proposto uma resolução em que previa um novo mecanismo de investigação. Este último foi considerado "inaceitável" pelos EUA, o Reino Unido e a França.


O JIM concluíra pela culpabilidade do regime de Al-Assad em dois ataques, em 2014 e 2105, e do grupo que se designa por Estado Islâmico num ataque, com gás mostarda, em 2015.




Iniciado em 2011, o conflito na Síria já provocou mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.




nm
 
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