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Veteranos da II Guerra Mundial nas cerimónias de hoje em Liège
Chefes de Estado de 12 países europeus assinalaram hoje de manhã o 100.º aniversário da invasão alemã da Bélgica, a 4 de agosto de 1914, que marcou o início da I Guerra Mundial. As cerimónias decorreram em Liège sob fortes medidas de segurança, e também sob uma chuva fina que caiu durante quase toda a manhã.
As cerimónias ficaram marcadas pelas intervenções dos Presidentes da Alemanha, Joachim Gauck, e de França, François Hollande, além de um discurso do rei Filipe, da Bélgica, em que este apelou a uma "verdadeira reconciliação" e a "um projeto comum" na Europa como forma de se ter uma "paz duradoura".
François Hollande sublinhou a necessidade de a "Europa nunca se deve cansar da paz", ainda que tenha a responsabilidade de não permanecer "neutra" perante os conflitos, como os que atualmente se vivem na Ucrânia, no Iraque, na Síria ou em Gaza. O Presidente francês sublinhou ainda "o reconhecimento eterno" do seu país pelo papel da Bélgica, e em especial da resistência de Liège à ofensiva alemã de 1914 que violou a neutralidade deste país, no primeiro conflito mundial e pelo papel desempenhado por este país no processo de construção europeia. Atacada a 4 de agosto, a cidade resistiu até 16, um período de tempo considerado relevante para a preparação e reforço das defesas francesas. Por este motivo, a 7 de agosto de 1914, Liège viu-lhe ser outorgada a mais condecoração francesa, a Legião de Honra. Durante a tarde, uma cerimónia franco-belga recordará este facto.
Falando em seguida, o Presidente alemão recordou a "vergonha que ainda hoje se sente" no seu país perante atos "contra os civis" ou "os ataques contra o património cultural" da Bélgica, de que deu como exemplo a destruição da reputada biblioteca de Lovaina, na época defendida até pelos meios intelectuais na Alemanha. Joachin Gauck apelou também ao entendimento e à reconciliação entre os europeus como forma de reforçar a paz.
Durante a tarde, o Presidente Gauck falará ainda na cidade de Lovaina, numa intervenção aguardada com expectativa.
Em representação do Reino Unido, o príncipe William e sua mulher, Kate, estarão ainda, durante a tarde, num cemitério militar em Mons, na companhia do primeiro-ministro David Cameron e do príncipe Harry para uma breve cerimónia. É neste cemitério que se encontram os restos mortais do primeiro e do último soldados mortos durante o conflito.
dn