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GF Ouro
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[h=2]Alguns dos massacres cometidos em aldeias da minoria muçulmana rohingya no oeste da Birmânia foram claramente planeados pelo exército birmanês, apoiado por populares budistas, denunciou hoje a Human Rights Watch (HRW).[/h]
Num novo relatório focado na localidade de Tula Toli e apoiando-se em dezenas de testemunhos de sobreviventes, a organização internacional de defesa dos direitos humanos descreve como as forças de segurança emboscaram membros da comunidade rohingya nas margens de um rio para de seguida matar e violar homens, mulheres e crianças e incendiar a pequena aldeia.
"As atrocidades do exército birmanês em Tula Toli não foram apenas brutais - foram sistemáticas", declarou Brad Adams, diretor da HRW para a Ásia.
"Os soldados mataram e violaram centenas de rohingya com uma eficácia particularmente cruel, que só poderia ter sido planeada com antecedência", realçou.
Inúmeros habitantes da aldeia declararam à HRW que o líder local, membro da etnia rakhine (budista), lhes disse para se concentrarem na praia, alegando que lá estariam a salvo.
Mas, de seguida, as forças de segurança cercaram a área, disparando contra a multidão reunida e que tentava fugir.
"Eles agarraram os homens e forçaram-nos a ajoelhar-se antes de os matar. Em seguida, empilharam os seus corpos. Primeiro atiraram-nos e se ainda estivessem vivos agrediam-nos com machetes até à morte", contou Shawfika, de 24 anos, que assistiu à morte do marido e do sogro.
Hassina Begum, 20 anos, tentou esconder a sua filha, de 1 ano, Sohaifa, debaixo de um lenço, mas um soldado apercebeu-se. "Ele pegou na minha filha e atirou-a para as chamas", acrescentou.
"A ONU e os governos estrangeiros devem garantir que os responsáveis desses graves abusos prestam contas [na justiça] pelos seus atos", sustentou Brad Adams.Na semana passada, a organização Médicos Sem Fronteiras estimou que pelo menos 6.700 rohingya tenham sido mortos entre finais de agosto e finais de setembro.
A violência no oeste da Birmânia levou 655.000 rohingya a fugir para o vizinho Bangladesh. O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos invocou elementos de genocídio.
Até ao momento, o exército birmanês negou qualquer represália contra civis, garantindo que apenas 400 pessoas foram mortas, incluindo "alguns inocentes".
No entanto, revelou na noite de segunda-feira a abertura de um inquérito após a descoberta de uma vala comum na aldeia de Inn Dinn, com o chefe do exército a indicar, através do Facebook, que haverá lugar a processos se membros das forças de segurança estiverem envolvidos.
nm

Num novo relatório focado na localidade de Tula Toli e apoiando-se em dezenas de testemunhos de sobreviventes, a organização internacional de defesa dos direitos humanos descreve como as forças de segurança emboscaram membros da comunidade rohingya nas margens de um rio para de seguida matar e violar homens, mulheres e crianças e incendiar a pequena aldeia.
"As atrocidades do exército birmanês em Tula Toli não foram apenas brutais - foram sistemáticas", declarou Brad Adams, diretor da HRW para a Ásia.
"Os soldados mataram e violaram centenas de rohingya com uma eficácia particularmente cruel, que só poderia ter sido planeada com antecedência", realçou.
Inúmeros habitantes da aldeia declararam à HRW que o líder local, membro da etnia rakhine (budista), lhes disse para se concentrarem na praia, alegando que lá estariam a salvo.
Mas, de seguida, as forças de segurança cercaram a área, disparando contra a multidão reunida e que tentava fugir.
"Eles agarraram os homens e forçaram-nos a ajoelhar-se antes de os matar. Em seguida, empilharam os seus corpos. Primeiro atiraram-nos e se ainda estivessem vivos agrediam-nos com machetes até à morte", contou Shawfika, de 24 anos, que assistiu à morte do marido e do sogro.
Hassina Begum, 20 anos, tentou esconder a sua filha, de 1 ano, Sohaifa, debaixo de um lenço, mas um soldado apercebeu-se. "Ele pegou na minha filha e atirou-a para as chamas", acrescentou.
"A ONU e os governos estrangeiros devem garantir que os responsáveis desses graves abusos prestam contas [na justiça] pelos seus atos", sustentou Brad Adams.Na semana passada, a organização Médicos Sem Fronteiras estimou que pelo menos 6.700 rohingya tenham sido mortos entre finais de agosto e finais de setembro.
A violência no oeste da Birmânia levou 655.000 rohingya a fugir para o vizinho Bangladesh. O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos invocou elementos de genocídio.
Até ao momento, o exército birmanês negou qualquer represália contra civis, garantindo que apenas 400 pessoas foram mortas, incluindo "alguns inocentes".
No entanto, revelou na noite de segunda-feira a abertura de um inquérito após a descoberta de uma vala comum na aldeia de Inn Dinn, com o chefe do exército a indicar, através do Facebook, que haverá lugar a processos se membros das forças de segurança estiverem envolvidos.
nm