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Excesso de coelhos prejudica agricultores

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Excesso de coelhos prejudica agricultores

Uma verdadeira praga de coelhos bravos está a deixar os agricultores espanhóis completamente em pânico. Têm visto, ano após ano, as suas explorações agrárias devastadas, e o que os deixa ainda mais assustados é o facto de não parecer haver solução para o problema. Se é verdade que esta situação afecta muitas zonas de Espanha, duas províncias parecem ser especialmente «castigadas», Castilla-la-Mancha e a Comunidade Valenciana, onde os estragos se fazem sentir em muitos tipos de agricultura. Desde as vinhas - quer nas de uvas de mesa, quer nas de uvas para produção de vinho -, nos citrinos, nos cereais, nas hortaliças, nas oliveiras e mesmo em algumas plantações de algodão, o que leva a que muitas vozes se levantem na busca de ajudas e soluções para os prejuízos que se têm vindo a acumular, principalmente nos últimos três anos.

Os factores apontados para o aparecimento da praga de coelhos parecem ser bem conhecidos dos agricultores e das organizações de proprietários que os representam. Por um lado, a falta de chuva, já que não havendo ervas daninhas os coelhos procuram as propriedades agrícolas; por outro, o abandono de muitas terras que vão deixando de ser cultivadas por a actividade não ser rentável, proporcionando aí condições excepcionais para a multiplicação de coelhos, já que são zonas consideradas de não caça. Um outro novo factor, a que são atribuídas algumas culpas pela multiplicação dos láparos, são as novas estradas e auto-estradas, em redor das quais a caça não é permitida e onde, segundo os agricultores, os animais se reproduzem em grande número e sem qualquer tipo de controlo. A falta de predadores naturais também é um motivo apontado como potenciador do aumento do número de coelhos bravos.

Em alguns locais já foi permitido que os caçadores possam caçar em maior quantidade e durante mais tempo para tentar controlar a praga da forma tradicional - a tiro -, mas até agora os resultados obtidos parecem ser nulos. Por esse motivo, os agricultores pedem para que sejam permitidas outras formas de caça até agora proibidas, como a utilização de furões e jaulas com iscos, entre outras soluções que preconizam.

Às autoridades responsáveis pelos troços rodoviários pedem também que se mantenham limpas as zonas limítrofes, evitando assim que os animais se sintam seguros e que aí se multipliquem para depois invadirem as suas propriedades.

As preocupações também são partilhadas por algumas organizações ambientalistas que estão a acompanhar o caso, já que temem que o desequilíbrio ambiental que se faz sentir nas províncias mais afectadas possa vir a prejudicar outras espécies, animais e vegetais, algumas endémicas ou em perigo, de forma irreversível.


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