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Exercício pesado reduz riscos

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Exercício pesado reduz riscos

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Estudo norte-americano defende que exercícios físicos vigorosos podem evitar o desenvolvimento de cancro de mama. Mas, segundo os cientistas, a actividade física pesada só protege mulheres que não estão acima do peso ou obesas, o que faz com que exercícios leves não tenham o mesmo efeito. Um novo estudo norte-americano afirma que exercícios físicos vigorosos podem proteger do desenvolvimento de cancro da mama mulheres de peso normal que já passaram pela menopausa. O estudo, feito pelo Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos e divulgado pela edição on-line da BBC Brasil, diz que actividades regulares como corrida, ginástica aeróbica ou mesmo trabalho doméstico pesado estão associadas a uma redução de 30% do risco de desenvolvimento da doença.
Mas, segundo os cientistas, a actividade física pesada só protege mulheres que não estão acima do peso ou obesas, o que faz com que exercícios leves não tenham o mesmo efeito. "Neste grupo de mulheres que passaram pela menopausa, a redução do risco de cancro da mama parece estar limitada a formas mais vigorosas de actividade física", afirmou o chefe da pesquisa Michael Leitzmann.
"As nossas descobertas sugerem que a actividade física age como apoio a mecanismos biológicos que são independentes do controle de peso do corpo" - sustentou. O estudo de 11 anos analisou 32 mil mulheres e foi publicado na revista "Breast Cancer Research". As mulheres avaliadas na investigação tiveram de responder a um questionário detalhado sobre a intensidade e o tipo de actividade física que praticavam.
Os investigadores consideraram exercício vigoroso tarefas domésticas pesadas como esfregar o chão, lavar janelas, cavar o jardim ou cortar madeira. Entre as actividades desportivas, as mais vigorosas foram corrida, caminhada rápida, ténis competitivo, aeróbica, bicicleta ao ar livre e dança rápida.
Já as actividades consideradas mais leves incluíam aspirar, lavar roupa, pintar e jardinagem geral. Entre os desportos e exercícios leves estavam caminhada, ténis recreativo e "bowling".
Inicialmente, os números indicaram uma redução do risco de cancro da mama muito pequeno associada a actividaded físicas. Mas, quando os investigadores analisaram os números apenas em mulheres com peso normal, a associação foi bem mais forte.
Para Henry Scowcroft, gestor de informações científicas da organização britânica Cancer Research UK, o estudo adiciona mais provas de que "o cancro de mama é menos comum entre mulheres com um estilo de vida mais activo, que já passaram pela menopausa. Apesar de esta pesquisa sugerir que actividades vigorosas beneficiam mais, vários outos estudos sugerem que actividades menos intensas podem também beneficiar a longo prazo", afirmou.

DESNUTRIÇÃO É GRAVE PARA QUEM SOFRE DE
CANCRO

A desnutrição é um problema grave para quem sofre de cancro. A doença e os tratamentos podem contribuir para falta de apetite, alterações no gosto e cheiro dos alimentos e mesmo repugnância por algumas comidas. Como consequência, 65 a 70% dos doentes oncológicos podem vir a perder peso de forma significativa. Sem o acompanhamento nutricional adequado, o seu estado geral deteriorase, levando à desnutrição, limitações na capacidade funcional e pior qualidade de vida. Estas são as principais conclusões da reunião técnica de apresentação do livro "Alimentação para o Doente Oncológico", promovida pela Bayer Schering Pharma, que tem como autoras a Professora Doutora Paula Ravasco e Professora Doutora Maria Ermelinda Camilo.
"Todos os anos são diagnosticados 30 mil novos casos de cancro em Portugal. Uma patologia que pode ser evitável em 50%, através de uma alimentação equilibrada e adopção de estilos de vida saudáveis. Para os doentes oncológicos, o aconselhamento e acompanhamento nutricional individualizado é fundamental para a recuperação. Caso contrário, podem acabar por morrer de desnutrição e não da doença", defende a Professora Doutora Isabel Monteiro Grilo, Directora do Serviço de Oncologia e Radiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (Hospital Santa Maria e Pulido Valente).
Os tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia estão associados a efeitos secundários que podem ir desde: dificuldade em engolir, dor ao mastigar, aftas na boca e garganta, falta de apetite, náuseas e vómitos. "Uma alimentação equilibrada e adaptada a cada caso ajuda o organismo a tolerar melhor os tratamentos, contribuindo para reduzir a morbilidade e potencialmente melhorando a resposta às terapêuticas. De acordo com ensaios clínicos que temos vindo a realizar, há uma melhoria efectiva em 85% dos casos", explica a Professora Doutora Paula Ravasco, Nutricionista e Investigadora no Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa.
A nutrição influência o processo de tratamento, sendo que em doentes muito debilitados pode ser necessário interromper o tratamento por intolerância marcada. Sendo a única coisa que o doente pode controlar, a alimentação é considerada como essencial para manter uma vida activa e conseguir enfrentar os efeitos secundários das terapêuticas.
Desta forma, o aconselhamento nutricional deve ser integrado no tratamento global da doença oncológica, sendo revista regularmente e adequada aos hábitos e preferências do doente, estado nutricional, sintomas e patologia. Nos casos em que ocorre perda de peso significativa, o reforço da dieta em alimentos calóricos e protéicos é umka estratégia importante para fazer a diferença entre a morbilidade e qualidade de vida.

Fonte:Atlântico Expresso


 
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