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Exportações crescem menos e desemprego chega aos 14,5%
O Governo prevê que a economia portuguesa se vá contrair 3,3 por cento este ano, com um crescimento das exportações menor que o previsto inicialmente e com o desemprego a atingir uma taxa de 14,5 por cento.
Estes dados constam da nota de apresentação do orçamento retificativo para 2012, hoje entregue na Assembleia da República.
Como o Governo já tinha anunciado, a recessão vai ser mais grave do que o previsto no orçamento inicial (onde estava contemplada uma redução de 2,8 por cento no PIB para este ano). No orçamento retificativo, o Governo explica os fatores deste agravamento.
O principal é um grande abrandamento nas exportações; o Executivo previa inicialmente um crescimento de 4,8 por cento este ano, agora espera um crescimento de apenas 2,1 por cento, bem abaixo dos 7,4 por cento que se registaram em 2011.
Este abrandamento, explica o Governo, tem a ver com a “desaceleração mais acentuada da procura externa relevante para Portugal”.
A quebra no consumo público será menos significativa do que o previsto inicialmente – em vez de se reduzir 6,2 por cento, cairá 3,2 por cento. Pelo contrário, o Governo espera agora uma quebra ainda maior no consumo privado (5,8 por cento em vez de 4,8 por cento).
Como o Executivo também já tinha reconhecido, a taxa de desemprego este ano deverá ser ainda mais elevada do que o inicialmente previsto no OE2012.
O Governo espera agora que o desemprego chegue aos 14,5 por cento para o cômputo de 2012. A taxa já estava nos 14 por cento no último trimestre do ano passado, e vários indicadores apontam para que esteja a aumentar no início deste ano.
O cenário macroeconómico em que se baseia o orçamento retificativo é ligeiramente diferente do apresentado hoje pelo Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Económico de primavera, publicado também hoje. O BdP espera que o PIB português encolha 3,4 por cento este ano, e que tenha uma variação nula em 2013.
Lusa / SOL