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GF Ouro
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Exportações de calçado totalizaram, no 1.º semestre, 887 milhões
Portugal tem neste ano a maior representação de sempre na maior feira de calçado do mundo, em Milão. De hoje a 4 de setembro.
Nem só de calçado se faz o crescimento das exportações do setor. O segmento dos artigos de pele - leia-se, malas, carteiras, pastas, cintos, etc., a chamada marroquinaria - está a apostar cada vez mais nos mercados externos e os resultados já são visíveis. Basta ver que as exportações deste subsetor passaram de 36 milhões de euros em 2009 para 142 milhões em 2014. Ou seja, um aumento de 294%. Neste ano, as as vendas para o exterior cresceram 5,5% no primeiro semestre.
"Trata-se de um subsetor ainda relativamente pequeno, constituído por pouco mais de cem empresas, que emprega mil trabalhadores, e cresceu virado para o mercado interno. Nos últimos anos, tem-se assistido a um esforço de internacionalização de algumas destas empresas e as exportações quase quadruplicaram", explica o diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS).
Apesar de serem empresas de pequena dimensão, este é um subsetor que se especializou no "segmento de maior valor acrescentado", produzindo peças em couro "de elevadíssima qualidade", diz Paulo Gonçalves, pelo que é "natural" que vão conquistando clientes nos mercados internacionais. "Temos cada vez mais empresas desta área a participar connosco em iniciativas promocionais, seja em mercados maduros como Itália, ou em países com potencialidades que há que agarrar, como os EUA ou a Colômbia", frisa.
Uma participação conjunta em feira que faz todo o sentido num mercado que hoje valoriza muito o conceito de moda integral. "Muitos dos nossos clientes hoje já não são as tradicionais sapatarias do passado, mas as boutiques. O conceito é cada vez mais integral e é normal que integremos as carteiras e os artigos de pele na nossa estratégia, designadamente na nossa campanha de promoção internacional do calçado", acrescenta Paulo Gonçalves.
Made in Portugal é referência
dn