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Exportadores alemães perdem mil milhões com crise lusa

florindo

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Exportadores alemães perdem mil milhões com crise lusa

A diminuição nas importações de Portugal desde 2010 já custou perto de mil milhões de euros à Alemanha, o parceiro comercial mais afetado pela crise da economia portuguesa, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).Em 2011, as importações portuguesas reduziram-se 5,53%; este ano, deverão cair mais 6,6%. Mas nem todos os fornecedores portugueses foram afetados da mesma forma; alguns países – sobretudo Angola - têm até reforçado as suas exportações para Portugal.
Recorrendo aos últimos números disponíveis, conclui-se que o país mais afetado em termos absolutos pela redução de importações foi a Alemanha. Entre janeiro e outubro de 2010 e o mesmo período de 2012, as importações de produtos alemães reduziram-se em 871,5 milhões de euros.
Este valor é nominal (ou seja, não está corrigido de inflação), e só diz respeito aos primeiros dez meses do ano. Se a tendência se mantiver em novembro e dezembro, o total de vendas perdidas pela Alemanha em dois anos devido à crise portuguesa estará próximo dos mil milhões de euros.
Esta evolução é explicável por dois fatores. Primeiro, a Alemanha é o segundo maior fornecedor de Portugal (a seguir à Espanha), e é portanto natural que, em absoluto, seja dos países mais afetados.
Além disso, a crise em Portugal teve um enorme impacto sobre o setor automóvel (as vendas de veículos novos têm caído a taxas próximas dos 50%), uma das mais importantes indústrias de exportação alemãs.
Esta redução poderá ter um impacto substancial para empresas com particular envolvimento no mercado português, mas é quase irrelevante no contexto da economia alemã. Só no mês de outubro, a Alemanha exportou mercadorias no valor de 98,5 mil milhões de euros.
Também em termos absolutos, os outros países mais afetados pela crise portuguesa foram a França (terceiro maior fornecedor de Portugal), cujas vendas se reduziram 421 milhões de euros entre os primeiros dez meses de 2010 e o mesmo período de 2012. Segue-se o Reino Unido, cujas vendas diminuíram 400 milhões de euros.
Em termos percentuais, entre os vinte principais fornecedores de Portugal, foi a Nigéria que teve a maior quebra nas exportações entre 2010 e 2012: 27,5%. No entanto, este fenómeno estará associado menos à crise e mais à reorientação da origem dos produtos energéticos consumidos em Portugal.
Enquanto as importações vindas da Nigéria caíram, as originárias de Angola triplicaram, e as da Guiné Equatorial aumentaram 160%. Praticamente o único produto que Portugal importa destes três países africanos é o petróleo.
Excluindo então a categoria de produtos energéticos, os países com maiores reduções percentuais na lista das importações portuguesas são o Reino Unido (-22,1%), a Alemanha (13,7%), a China (12,4%), a França (12%) e a Itália (-9,5%).
No caso do maior fornecedor português, a Espanha, houve uma quebra mas relativamente pouco significativa. Entre 2010 e 2012, Portugal importou menos 284 milhões de euros em bens espanhóis, uma quebra de 1,9%.
Estes números do INE são nominais (isto é, não estão corrigidos da inflação nem de efeitos cambiais). Estes valores também dizem respeito apenas às exportações de bens, e não incluem serviços.

Fonte: Lusa / SOL
 

jchaves

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Infelizmente isto só demonstra uma coisa.
Somos um país de importação e não de exportação como muita vez se faz tentar passar para o cidadão,
quer se queira quer não sempre importamos muito mais do que exportamos e isso se vai notar num cada vez mais de aumentar da nossa factura em relação ao estrangeiro ,não há volta a dar.
Naturalmente não fomos felizes e contemplados com recursos naturais como muitos países tem (petroleo,gás)que pouco tem que fazer a não ser vender e ver entrar biliões de euros nas suas economias ,mas tambem não podemos ir por ai ,
porque vemos uma Alemanha que de petroleo nem o (vê) e é dos países mais industrializados do mundo e naturalmente mais ricos e porque??
porque sempre teve estados virados para o progresso e as cabeças de genios sempre la ficaram(alguns foram recurtados depois da guerra) e foram para fora como em Portugal se passa ,mesmo na epoca do Hitler os progressos cientificos foram grandes que mesmo virados para uma vertente militarista quando a guerra acabou tiveram implante na pratica da sua economia.
Não somos um país de apoio a quem tem boas ideias e grandes progetos,somos um pais que diz aos seus bons trabalhadores o nosso mercado não vos pode absorver por isso tentem la fora ,sabemos quem vai para fora que quase na sua maioria nunca mais volta ,isto quer dizer que as boas cabeças vão ser valorizadas em outros mercados de si ja grandes e os ajudar ainda ser maiores ,e na minha opinião estamos a entrar numa expirar que de aqui alguns anos as empresas vão querer mão de obra especializada e não vai existir porque em determinada altura essa mesma mão de obra emigrou por questões que todos sabemos.
 
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