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O ex-presidente da Câmara de Marco de Canaveses considerou hoje que o relógio que recebeu de autarcas da região foi uma prenda de aniversário normal e que, se foi deliberada pelas juntas, foi perfeitamente legal.
«Nem sei porque é que eles vão ser julgados», afirmou Avelino Ferreira Torres, que falava à entrada do tribunal onde decorre o julgamento dos 26 autarcas que em Novembro de 2005 ofereceram ao então presidente da Câmara de Marco de Canaveses um relógio de ouro.
Avelino Ferreira Torres contou que no seu bilhete de identidade está registada a data de nascimento em Janeiro, mas que efectivamente nasceu a 26 de Novembro, e explicou que, como era o seu último ano de mandato, mandou convidar alguns autarcas e outras pessoas para uma festa de aniversário.
«Quando eu cheguei e apareceu a imprensa perguntaram-me da prenda e não sabia nada. Não sabia que havia prenda nem que prenda me iriam dar», disse o autarca, realçando: «Na minha modesta opinião (.), se as juntas deliberaram atribuir determinada verba para comparticipar uma prenda, ou a lei não é igual para todos ou isso é completamente legal».
Avelino Ferreira Torres disse ainda ter confirmado com alguns autarcas que, nesses casos, a atribuição da verba havia sido decidida pelo executivo da junta, e deu o exemplo dos testemunhos do ex-Presidente da República Jorge Sampaio e do ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga no processo Face Oculta .
«Há dias, a testemunhar pelo José Penedos, o ex-Presidente da República também disse que as prendas não são peculato nenhum. O professor Catroga disse o mesmo, que tinha recebido muitas prendas e não via mal nenhum nisso. Se me tivessem dado um apartamento.», afirmou o ex-autarca de Marco de Canaveses.
Segundo o Ministério Público, as autarcas, incluindo presidentes, secretários e tesoureiros, terão usado recursos das juntas de freguesia para pagar o relógio.
Cada um dos 26 arguidos responde pela prática de um crime de peculato.
A oferta do relógio ocorreu numa festa organizada no pavilhão municipal quando Avelino Ferreira Torres já tinha anunciado que deixaria a Câmara de Marco de Canaveses para se candidatar à autarquia vizinha de Amarante.
Lusa / SOL
«Nem sei porque é que eles vão ser julgados», afirmou Avelino Ferreira Torres, que falava à entrada do tribunal onde decorre o julgamento dos 26 autarcas que em Novembro de 2005 ofereceram ao então presidente da Câmara de Marco de Canaveses um relógio de ouro.
Avelino Ferreira Torres contou que no seu bilhete de identidade está registada a data de nascimento em Janeiro, mas que efectivamente nasceu a 26 de Novembro, e explicou que, como era o seu último ano de mandato, mandou convidar alguns autarcas e outras pessoas para uma festa de aniversário.
«Quando eu cheguei e apareceu a imprensa perguntaram-me da prenda e não sabia nada. Não sabia que havia prenda nem que prenda me iriam dar», disse o autarca, realçando: «Na minha modesta opinião (.), se as juntas deliberaram atribuir determinada verba para comparticipar uma prenda, ou a lei não é igual para todos ou isso é completamente legal».
Avelino Ferreira Torres disse ainda ter confirmado com alguns autarcas que, nesses casos, a atribuição da verba havia sido decidida pelo executivo da junta, e deu o exemplo dos testemunhos do ex-Presidente da República Jorge Sampaio e do ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga no processo Face Oculta .
«Há dias, a testemunhar pelo José Penedos, o ex-Presidente da República também disse que as prendas não são peculato nenhum. O professor Catroga disse o mesmo, que tinha recebido muitas prendas e não via mal nenhum nisso. Se me tivessem dado um apartamento.», afirmou o ex-autarca de Marco de Canaveses.
Segundo o Ministério Público, as autarcas, incluindo presidentes, secretários e tesoureiros, terão usado recursos das juntas de freguesia para pagar o relógio.
Cada um dos 26 arguidos responde pela prática de um crime de peculato.
A oferta do relógio ocorreu numa festa organizada no pavilhão municipal quando Avelino Ferreira Torres já tinha anunciado que deixaria a Câmara de Marco de Canaveses para se candidatar à autarquia vizinha de Amarante.
Lusa / SOL