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Fim de antÍdoto para mordeduras de cobras pÕe milhares em risco

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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou esta terça-feira para a rutura dos 'stocks' de antídoto para a mordedura de cobras do laboratório francês Sanofi Pasteur, pondo em risco dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo.




Dezenas de milhares de pessoas vão continuar a morrer de mordeduras de cobras, a menos que a comunidade mundial da saúde tome medidas imediatas para garantir a produção de um tratamento e de um soro antiveneno", advertiu a MSF num comunicado difundido por ocasião de um colóquio organizado hoje, em Basileia (Suíça), sobre medicina tropical.

A MSF lembra que a Sanofi deixou de produzir Fav-África, o único soro antiveneno "certificado, garantido e seguro" em 2014, e os 'stocks' existentes terão chegado ao fim em junho do próximo ano "e nenhum outro produto de substituição estará disponível durante pelo menos dois anos".

De acordo com estimativas citadas pela MSF, cerca de 100 mil pessoas morrem todos os anos devido a mordeduras de cobras, das quais 30 mil na África subsaariana.


O Fav-África neutraliza dez mordeduras diferentes de cobras, que podem ocorrer na região subsaariana. As mordeduras ocorrem principalmente em zonas rurais, onde as pessoas desistem de ser tratadas devido ao elevado custo do tratamento (entre 224 e 447 euros por pessoa), ou preferem os curandeiros tradicionais, acrescenta a organização.

A MSF apela à Organização Mundial de Saúde (OMS) para que desempenhe "um papel de primeiro plano" para melhorar o acesso das populações aos tratamentos antivenenos.

Relativamente à Sanofi, a MSF afirma esperar que o laboratório "ponha à disposição as substâncias de base necessárias à produção do Fav-África" e encontre "uma capacidade de produção para aperfeiçoar este produto antiveneno que possa, a prazo, substituir o Fav-África".
 
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