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Fogo devora sótão e deixa casal sem tecto

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Out 11, 2006
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Um incêndio que deflagrou ontem de manhã, sexta-feira, num sótão na Foz,Porto, deixou uma casa de dois andares parcialmente destruída. A habitação ficou totalmente destelhada, mas o casal que lá vive não tenciona abandoná-la. Os moradores não têm seguro.


Maria Almerinda Machado, 50 anos, repete vezes sem conta que "não acredita" que o João Pedro, o filho mais novo de 19 anos, ficou "num instante sem quarto". "O fogo levou tudo. O meu menino ficou sem mobília, sem computador, sem livros da escola. Sem nada!", diz, com uma angústia que lhe trava a voz.

"Por sorte", João Pedro tinha ido passar uns dias "à aldeia", à casa dos avós maternos, em Celorico de Basto. "Ainda não tive coragem de lhe telefonar e dizer o que se passou", conta Maria Almerinda a uma vizinha.

O incêndio deflagrou ontem por volta das 8.30 horas, no número 510 da Rua das Sobreiras. A proprietária estava ainda na cama. "Ouvi um estrondo e até fiquei assustada a pensar quem estaria lá em cima. Só depois é que me cheirou muito a queimado", relatou, ao JN, Maria Almerinda.

Logo o companheiro, Eduardo, subiu as escadas até ao sótão com bacias de água. Na altura, o homem contou também com a ajuda do "senhor Almeida", natural da Cantareira, mas que "ao longe viu o fumo", e com o marido de Julieta Ferreira, vizinha da casa ardida, que do "quintal conseguiu passar uma mangueira". "Os bombeiros foram incansáveis, mas quando cá chegaram o fogo estava já praticamente apagado", disse Maria Almerinda.

De acordo com José Leão, sub-chefe dos Sapadores do Porto, que foram ajudados pelos Portuenses, as causas do incêndio são desconhecidas, mas tudo aponta para um "sobreaquecimento de uma tomada". O bombeiro relatou que "a casa tinha difíceis acessos, com escadas muito estreitas". Ainda assim, a "intervenção acabou por ser rápida", apontou.

Filipa Ferreira, 22 anos, nora de Maria Almerinda, frisou que o "cenário era bastante mau". A proprietária frisou que ficou desempregada, depois de ter sofrido um "problema de saúde", não sabendo quando terá dinheiro para fazer obras. "Como o dinheiro não chegava para tudo, cancelei o seguro há cinco anos", disse.

Jornal de Notícias
 
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