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França congela pensões e corta nos apoios sociais e feriados
O plano do governo de François Bayrou para 2026 passa por não gastar nem mais um euro do que este ano. Só a Defesa escapa.
A França prepara um plano draconiano para equilibrar as contas públicas. Começa a ser aplicado no próximo ano e o lema não deixa dúvidas quanto ao objetivo: não gastar nem mais um euro que em 2025. Compreendem-se as preocupações do governo de Paris. A dívida francesa está a aumentar cinco mil euros a cada segundo que passa. O ajuste orçamental tem um horizonte de quatro anos e, na prática, segue o guião universal em tempos de crise: aumentar a receita e diminuir a despesa.
A fórmula encontrada pelo primeiro-ministro francês passa pelo congelamento das pensões, corte nas despesas sociais e de saúde, redução do número de funcionários públicos e aumento dos impostos para os mais ricos, através da criação de uma “contribuição de solidariedade”, numa lógica de “pedir pouco àqueles que têm pouco e mais àqueles que têm mais". Com estas medidas, François Bayrou espera conseguir uma poupança anual da ordem dos 43 milhões de euros.
Na lista da austeridade consta, ainda, o corte de dois feriados, que, na ótica do chefe do governo francês, não se justificam e podem render milhares de milhões ao Estado. Em causa, segunda-feira de Páscoa, “que não tem qualquer significado religioso”, e a 8 de maio, dia em que se assinala do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
A França conta atualmente com 11 feriados nacionais, estando a meio da lista europeia neste calendário. Mas a decisão, a levar à prática, não será bem acolhida pelos franceses. Uma sondagem realizada após o anúncio do ‘plano Bayrou’, 70% dos inquiridos rejeitam o fim dos feriados, curiosamente, mais do que se manifestam contrários às outras medidas (60%).
Fora dos cortes fica a Defesa, em virtude do compromisso assumido pelos países da Nato de destinar 5% do PIB a este setor, até 2035. Atualmente, a França gasta 2% do PIB na Defesa.
Portugal tem 13 feriados
Portugal conta atualmente com 13 feriados nacionais. Até ao final do ano ainda haverá seis: Dia de Nossa Senhora da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto); Implantação da República (5 de outubro); Todos os Santos (1 de novembro); Restauração da Independência (1 de dezembro): Dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Natal (25 de dezembro). Em 2012, dada a situação económica do país, que obrigou à ajuda externa (FMI, BCE e Comissão Europeia), conhecida como a troika, o governo de Passos Coelho cortou quatro feriados, dois religiosos – Corpo de Deus (móvel) e Todos os Santos - e dois civis – Implantação da República e Restauração da Independência. Seriam repostos em 2016, no primeiro governo de António Costa.
Há que ter ainda em conta os feriados municipais, como o Santo António e o São João, que permitem aos trabalhadores, em muitos casos, fins de semana prolongados ou as chamadas ‘pontes’.
Correio da Manhã

O plano do governo de François Bayrou para 2026 passa por não gastar nem mais um euro do que este ano. Só a Defesa escapa.
A França prepara um plano draconiano para equilibrar as contas públicas. Começa a ser aplicado no próximo ano e o lema não deixa dúvidas quanto ao objetivo: não gastar nem mais um euro que em 2025. Compreendem-se as preocupações do governo de Paris. A dívida francesa está a aumentar cinco mil euros a cada segundo que passa. O ajuste orçamental tem um horizonte de quatro anos e, na prática, segue o guião universal em tempos de crise: aumentar a receita e diminuir a despesa.
A fórmula encontrada pelo primeiro-ministro francês passa pelo congelamento das pensões, corte nas despesas sociais e de saúde, redução do número de funcionários públicos e aumento dos impostos para os mais ricos, através da criação de uma “contribuição de solidariedade”, numa lógica de “pedir pouco àqueles que têm pouco e mais àqueles que têm mais". Com estas medidas, François Bayrou espera conseguir uma poupança anual da ordem dos 43 milhões de euros.
Na lista da austeridade consta, ainda, o corte de dois feriados, que, na ótica do chefe do governo francês, não se justificam e podem render milhares de milhões ao Estado. Em causa, segunda-feira de Páscoa, “que não tem qualquer significado religioso”, e a 8 de maio, dia em que se assinala do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
A França conta atualmente com 11 feriados nacionais, estando a meio da lista europeia neste calendário. Mas a decisão, a levar à prática, não será bem acolhida pelos franceses. Uma sondagem realizada após o anúncio do ‘plano Bayrou’, 70% dos inquiridos rejeitam o fim dos feriados, curiosamente, mais do que se manifestam contrários às outras medidas (60%).
Fora dos cortes fica a Defesa, em virtude do compromisso assumido pelos países da Nato de destinar 5% do PIB a este setor, até 2035. Atualmente, a França gasta 2% do PIB na Defesa.
Portugal tem 13 feriados
Portugal conta atualmente com 13 feriados nacionais. Até ao final do ano ainda haverá seis: Dia de Nossa Senhora da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto); Implantação da República (5 de outubro); Todos os Santos (1 de novembro); Restauração da Independência (1 de dezembro): Dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Natal (25 de dezembro). Em 2012, dada a situação económica do país, que obrigou à ajuda externa (FMI, BCE e Comissão Europeia), conhecida como a troika, o governo de Passos Coelho cortou quatro feriados, dois religiosos – Corpo de Deus (móvel) e Todos os Santos - e dois civis – Implantação da República e Restauração da Independência. Seriam repostos em 2016, no primeiro governo de António Costa.
Há que ter ainda em conta os feriados municipais, como o Santo António e o São João, que permitem aos trabalhadores, em muitos casos, fins de semana prolongados ou as chamadas ‘pontes’.
Correio da Manhã