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O julgamento do ex-Presidente francês e antigo autarca de Paris Jacques Chirac foi suspenso pela justiça após alegações de inconstitucionalidade.
Em causa está a junção num processo único de dois casos de suposta criação de 'empregos-fantasma' através dos quais terão sido desviados dinheiros públicos para financiar o partido de direita de Chirac. O acto é qualificado como inconstitucional pela defesa de um dos arguidos, o ex-chefe de gabinete do autarca, Remy Chardon, que aponta que não é possível juntar os dois casos dado que um dos processos terá entretanto prescrito.
Os factos terão ocorrido entre 1977 e 1995. Jacques Chirac, então presidente da Câmara de Paris, terá criado uma série de cargos fictícios para recolher fundos que seriam depois entregues ao seu partido, o RPR.
A justiça francesa avalia agora se o processo judicial contra Chirac e os seus colaboradores está ou não ferido de inconstitucionalidade. A decisão será anunciada a 20 de Junho. A defesa de Chirac afirma que o arguido «não está interessado» no impasse e que o ex-Presidente quer ver o caso julgado o quanto antes.
É a primeira vez desde a condenação por traição do Marechal Pétain (líder pró-nazi) que um chefe de Estado francês é acusado de um crime.
SOL com agências