Portal Chamar Táxi

Função Pública: Governo e sindicatos iniciam quinta-feira negociações salariais para

migel

GForum VIP
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
15,631
Gostos Recebidos
0
Função Pública: Governo e sindicatos iniciam quinta-feira negociações salariais para 2009

22 de Outubro de 2008, 18:30

Lisboa, 22 Out (Lusa) - O Governo e as estruturas sindicais da Função Pública iniciam quinta-feira as negociações salariais para 2009 com base numa proposta governamental de 2,9 por cento e uma actualização mínima de 3,5 por cento do lado sindical.
Os sindicatos já consideraram insuficiente a proposta porque "não repõe o poder de compra que os trabalhadores têm perdido" nos últimos anos e porque não acreditam que a inflação em 2009 fique nos 2,5 por cento como estima o Executivo.
Os funcionários públicos tiveram este ano um aumento salarial de 2,1 por cento, que era o valor que o Governo previa para a taxa de inflação, mas na proposta de Orçamento do Estado para 2009, o Executivo estima agora chegar ao final do ano com uma taxa de 2,9 por cento.
Por isso as estruturas sindicais ficaram insatisfeitas com a proposta de 2,9.
"A proposta do Governo fica aquém do que pretendemos pois não cobre o poder de compra perdido pelos trabalhadores", disse à agência Lusa Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros técnicos do Estado (STE) - que reivindica aumentos salariais de 4 por cento.
"Esperamos que o primeiro-ministro cumpra a sua palavra e que os funcionários públicos não percam poder de compra este ano e no próximo", disse Bettencourt Picanço, defendendo que o aumento de 2009 tem de cobrir o que foi perdido em 2008 devido "à derrapagem da inflação para os 3 por cento".
A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, considerou que a proposta do Governo "não corresponde às reivindicações da Frente Comum porque não prevê a recuperação dos 0,9 pontos percentuais perdidos este ano".
A Frente Comum (CGTP) reivindica um aumento de 5 por cento para 2009 e um aumento intercalar de 0,9 por cento para colmatar o poder de compra perdido em 2008.
Para o secretário-cordenador da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP), Nobre dos Santos, a proposta do governo "é interessante para iniciar a negociação mas é insuficiente".
A FESAP (UGT) apresentou ao Governo uma proposta de aumentos de 3, 5 por cento mais a recuperação dos 0,9 por cento perdidos ao longo de 2008 devido "à derrapagem da inflação para os 3 por cento".
Só em 2001 é que os funcionários públicos conseguiram um aumento superior ao proposto para o próximo ano (3,71 por cento) embora também tenham perdido poder de compra dado que a inflação foi 4,4 por cento.
Em 2000, o aumento da função pública foi de 2,5 por cento (com uma inflação de 2,9 por cento) e em 2002 foi de 2,75 (com uma inflação de 3,6 por cento).
Nos anos de 2003 e 2004 houve congelamento dos salários acima dos mil euros e aumentos de 1,5 e 2 por cento, respectivamente, quando as inflações foram de 3,3 e 2,4 por cento.
Em 2005 o aumento de 2,2 por cento já foi generalizado a todos os funcionários públicos e a inflação foi de 2,3 por cento.
No ano seguinte os salários foram aumentados 1,5 por cento, tal como em 2007, e a inflação foi de 3,1 por cento e de 2,5 por cento, respectivamente.
RRA.
Lusa/Fim
 
Topo