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Fundação que gere Museu Berardo já adquiriu 50 novas obras
A fundação que gere o Museu Berardo adquiriu 50 novas obras de arte desde que se instalou no Centro Cultural de Belém, onde o Museu foi inaugurado, há um ano, depois do acordo entre o Governo e o coleccionador.
Em declarações à Agência Lusa, o director artístico do Museu Colecção Berardo, Jean-François Chougnet, revelou que as novas obras foram adquiridas com o fundo anual de um milhão de euros que a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo recebe de ambas as partes.
Constituída em 2006 com estatuto de utilidade pública, a fundação reúne representantes do Governo e de Joe Berardo - sob a presidência vitalícia do coleccionador - e tem como incumbências a criação, gestão e organização do Museu Colecção Berardo de Arte Moderna e Contemporânea.
Inaugurado a 25 de Junho de 2007 com uma exposição permanente composta por obras seleccionadas entre as 862 cedidas em regime de comodato pelo empresário, o Museu Colecção Berardo tem vindo a mostrar «não uma, mas três colecções».
«Uma é a colecção do protocolo, outra é a colecção das obras que a Fundação tem vindo a adquirir, e a terceira é a colecção privada do comendador, que continua a comprar obras e a expô-las no Museu», enumerou Jean-François Chougnet.
Dois candelabros gigantes, feitos em ferro e garrafas, criados por Joana Vasconcelos, foram das primeiras obras adquiridas pela Fundação, ficando instalados na entrada/saída do Museu Colecção Berardo.
Joana Vasconcelos foi a eleita entre os artistas portugueses convidados a criar obras para o Museu, mas Joe Berardo acabou por adquirir também as obras criadas por Ângelo de Sousa, Rui Chafes, Alberto Carneiro e Fernanda Fragateiro.
Mais recentemente, segundo Jean-Frnçois Chougnet, foram compradas obras a Miguel Palma, e a Fundação também tem vindo a adquirir «bastantes obras de arte de vídeo porque a colecção tinha poucas».
Para o director artístico, o Museu Colecção Berardo «foi claramente adoptado pelo público português», desde a inauguração, há um ano, no Centro Cultural de Belém (CCB).
«É um sucesso em termos de público. Foi uma surpresa ver a capacidade de mobilização das pessoas e sobretudo das escolas», observou sobre os cerca de 500 mil visitantes registados num ano.
Por outro lado, o número de visitantes das exposições temporárias do Museu Colecção Berardo neste primeiro ano leva Jean-François Chougnet a acreditar que «houve uma mudança de opinião sobre o assunto polémico do fim do Centro de Exposições» do CCB.
A nível internacional, considera que o Museu «começa a ser importante na Espanha, onde os media falam sobre as exposições», e, por outro lado, começam a surgir os convites para levar a colecção a outros museus, a primeira prevista para inaugurar em Outubro, em Paris.
«Há, no estrangeiro, uma percepção da dinâmica cultural em Portugal. E não só devido ao Museu Berardo, mas também por outros museus, como o novo Museu do Oriente», inaugurado este ano.
O director artístico está neste momento a preparar uma remodelação total da exposição permanente, que deverá abrir ao público a 15 de Setembro: «É importante fazer essa mudança e mostrar peças diferentes, aquisições novas», salientou.
«Manter a exposição permanente um ano e as exposições temporárias três meses é um bom ritmo», comentou, sobre este primeiro ano de trabalho.
A nova programação, a iniciar em Setembro, vai mostrar, entre outras, uma exposição de «Desenhos de Escritores», com desenhos criados desde Baudelaire até Gainsbourg, e também uma grande mostra da colecção de fotografia do Banco Espírito Santo.
Além da preparação da nova exposição permanente e das exposições temporárias, Jean-François Chougnet faz um trabalho «de bastidores» no Museu Colecção Berardo pouco conhecido do público.
«Ainda há muito a fazer no estudo da colecção, restauro, digitalização», observou. «O grande desafio é transformar uma colecção privada numa colecção aberta ao público».
À pergunta se vai continuar a trabalhar para a Fundação após Dezembro de 2008, altura em que termina o seu contrato, Jean-François Chougnet, que foi escolhido por Berardo entre cerca de uma dezena de candidatos, disse apenas que «ainda é cedo para dizer».
Avaliada em 316 milhões de euros pela leiloeira inglesa Christie´s, a colecção pode ser adquirida pelo Estado português por este valor até 2016.
Diário Digital / Lusa
A fundação que gere o Museu Berardo adquiriu 50 novas obras de arte desde que se instalou no Centro Cultural de Belém, onde o Museu foi inaugurado, há um ano, depois do acordo entre o Governo e o coleccionador.
Em declarações à Agência Lusa, o director artístico do Museu Colecção Berardo, Jean-François Chougnet, revelou que as novas obras foram adquiridas com o fundo anual de um milhão de euros que a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo recebe de ambas as partes.
Constituída em 2006 com estatuto de utilidade pública, a fundação reúne representantes do Governo e de Joe Berardo - sob a presidência vitalícia do coleccionador - e tem como incumbências a criação, gestão e organização do Museu Colecção Berardo de Arte Moderna e Contemporânea.
Inaugurado a 25 de Junho de 2007 com uma exposição permanente composta por obras seleccionadas entre as 862 cedidas em regime de comodato pelo empresário, o Museu Colecção Berardo tem vindo a mostrar «não uma, mas três colecções».
«Uma é a colecção do protocolo, outra é a colecção das obras que a Fundação tem vindo a adquirir, e a terceira é a colecção privada do comendador, que continua a comprar obras e a expô-las no Museu», enumerou Jean-François Chougnet.
Dois candelabros gigantes, feitos em ferro e garrafas, criados por Joana Vasconcelos, foram das primeiras obras adquiridas pela Fundação, ficando instalados na entrada/saída do Museu Colecção Berardo.
Joana Vasconcelos foi a eleita entre os artistas portugueses convidados a criar obras para o Museu, mas Joe Berardo acabou por adquirir também as obras criadas por Ângelo de Sousa, Rui Chafes, Alberto Carneiro e Fernanda Fragateiro.
Mais recentemente, segundo Jean-Frnçois Chougnet, foram compradas obras a Miguel Palma, e a Fundação também tem vindo a adquirir «bastantes obras de arte de vídeo porque a colecção tinha poucas».
Para o director artístico, o Museu Colecção Berardo «foi claramente adoptado pelo público português», desde a inauguração, há um ano, no Centro Cultural de Belém (CCB).
«É um sucesso em termos de público. Foi uma surpresa ver a capacidade de mobilização das pessoas e sobretudo das escolas», observou sobre os cerca de 500 mil visitantes registados num ano.
Por outro lado, o número de visitantes das exposições temporárias do Museu Colecção Berardo neste primeiro ano leva Jean-François Chougnet a acreditar que «houve uma mudança de opinião sobre o assunto polémico do fim do Centro de Exposições» do CCB.
A nível internacional, considera que o Museu «começa a ser importante na Espanha, onde os media falam sobre as exposições», e, por outro lado, começam a surgir os convites para levar a colecção a outros museus, a primeira prevista para inaugurar em Outubro, em Paris.
«Há, no estrangeiro, uma percepção da dinâmica cultural em Portugal. E não só devido ao Museu Berardo, mas também por outros museus, como o novo Museu do Oriente», inaugurado este ano.
O director artístico está neste momento a preparar uma remodelação total da exposição permanente, que deverá abrir ao público a 15 de Setembro: «É importante fazer essa mudança e mostrar peças diferentes, aquisições novas», salientou.
«Manter a exposição permanente um ano e as exposições temporárias três meses é um bom ritmo», comentou, sobre este primeiro ano de trabalho.
A nova programação, a iniciar em Setembro, vai mostrar, entre outras, uma exposição de «Desenhos de Escritores», com desenhos criados desde Baudelaire até Gainsbourg, e também uma grande mostra da colecção de fotografia do Banco Espírito Santo.
Além da preparação da nova exposição permanente e das exposições temporárias, Jean-François Chougnet faz um trabalho «de bastidores» no Museu Colecção Berardo pouco conhecido do público.
«Ainda há muito a fazer no estudo da colecção, restauro, digitalização», observou. «O grande desafio é transformar uma colecção privada numa colecção aberta ao público».
À pergunta se vai continuar a trabalhar para a Fundação após Dezembro de 2008, altura em que termina o seu contrato, Jean-François Chougnet, que foi escolhido por Berardo entre cerca de uma dezena de candidatos, disse apenas que «ainda é cedo para dizer».
Avaliada em 316 milhões de euros pela leiloeira inglesa Christie´s, a colecção pode ser adquirida pelo Estado português por este valor até 2016.
Diário Digital / Lusa