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GF Platina
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Os jovens encontram-se entre os mais afectados pela crise. pagam a conta de uma década anémica e arriscam-se a sofrer uma segunda década ainda pior. os dados revelados pelo Eurostat demonstram que 91,6% dos homens entre os 18 e os 24 anos e 80,7% das mulheres vivem em casa dos pais. mas entre os 25 e os 34 anos, uma em cada três mulheres e quase um em cada dois homens continua a viver com os progenitores. esta é uma grande mudança, se tivermos em conta que nas gerações anteriores, após acabarem o percurso escolar ou depois do serviço militar, a maior parte tinha abandonado o lar paterno. há uma justificação económica para esta nova tendência: os jovens não têm emprego e quando têm é precário e mal remunerado. a maior parte, mesmo com grandes qualificações académicas, se abandonasse a casa familiar caía em risco de pobreza. ao precarizar estes jovens, o País está a desvalorizar o capital humano e a criar mais problemas para o futuro. com homens e mulheres a saírem da casa paterna só depois dos 30 anos, dificilmente constituirão família e terão muitos filhos. e se agora já nascem por ano menos 40.000 crianças do que as necessárias para a normal substituição das gerações, a tendência futura é ainda mais negativa. a próxima recessão vai ainda agravar as situação destes jovens, vítimas de um País com futuro hipotecado.
Armando Esteves Pereira (Director-Adjunto)
"Correio da Manhã"
Armando Esteves Pereira (Director-Adjunto)
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