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Gás: Europa «prudente» em relação ao anúncio da Rússia
A Rússia e a Ucrânia concluíram hoje de madrugada um acordo para restabelecer, «em breve» promete Moscovo, o fornecimento de gás russo à Europa via território ucraniano, mas a União Europeia declarou esperar para ver.
O verdadeiro «teste» será «se sim ou não o gás circula até aos consumidores europeus», reagiu a União Europeia.
«Nós saudamos o anúncio de um acordo político, mas também somos prudentes, porque houve demasiados acordos quebrados e promessas não mantidas», comentou a presidência checa da UE, notando que «o contrato (entre a Rússia e a Ucrânia) ainda não foi assinado».
«A única coisa que conta para a UE é o recomeço do fornecimento de gás. Nesta altura, o momento em que ocorrerá o reinício (do fornecimento) não é claro», salientou o ministro da Indústria checo, Martin Riman. Por outro lado, notou sábado o presidente russo, Dmitri Medvedev, «naturalmente, haverá diversas questões, como a de saber quem é culpado disto (a crise) e quem pagará as perdas resultantes».
Os analistas questionam-se sobretudo quando e de que maneira o compromisso negociado entrará em vigor, existindo igualmente interrogações sobre os seus aspectos financeiros ou como será recebido em Kiev, com uma instabilidade política recorrente.
«Como assegurou a parte ucraniana, o fornecimento (de gás) reiniciar-se-á em breve completamente», anunciou o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, após longas discussões durante a noite com a sua homóloga ucraniana, Iulia Timochenko, em Moscovo.
As empresas estatais russa Gazprom e ucraniana Naftogaz assinarão segunda-feira um acordo com as condições em que o gás russo será fornecido à Ucrânia e transitará pelo seu território para a Europa, afirmou, por seu turno, o serviço de imprensa da chefe do governo ucraniano. «Timochenko assegurou que a partir da assinatura destes documentos, o trânsito (para a Europa) será restabelecido», adiantou o comunicado divulgado em Kiev.
DD