Luz Divina
GF Ouro
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"Gadgets" exercitam a memória

Crianças, preparem-se. Os avós começam a dar cartas no que toca a jogos de vídeo e computador. Afinal, são sempre bons exercícios para a memória.
Com base numa crescente evidência científica de que os jogos electrónicos são, afinal, exercícios mentais benéficos e podem ser especialmente úteis para as pessoas mais velhas, que sofrem com risco de perda de memória, demência e problemas visuais, foi realizado um estudo por cientistas norte-americanos, que visa provar isso mesmo.
A pesquisa foi encomendada pela Posit Science Corporation, empresa responsável pelo software "Brain Fitness Program", usado nos testes e também comercializado.
De acordo com o referido estudo, os voluntários que adoptaram um software específico para esse tipo de exercício obtiveram pontuações semelhantes às de pessoas dez anos mais novas.
Dos 487 voluntários com mais de 65 anos, metade usou o programa Brain Fitness da Nintendo DS durante 40 horas, distribuídas por um período de oito semanas.
O pacote inclui seis exercícios de áudio, que visam “fazer uma reciclagem ao cérebro, para que ele consiga distinguir sons de maneira que mantenha o usuário inte- ressado”, explicou a investigadora Elizabeth Zelinski, da Escola Davis de Geriatria da Universidade da Califórnia do Sul.
A outra metade dos voluntários dedicou a mesma quantidade de tempo a ver DVDs educacionais, seguidos pela realização de testes.
Aqueles que usaram o programa de computador foram duas vezes mais rápidos a processar informação – verificouse uma melhoria no tempo de resposta na ordem dos 131 por cento. Já a outra metade do grupo não apresentou melhoras significativas no tempo de res posta.
Além disso, o grupo “electrónico” atingiu, em média, pontuações semelhantes às de pessoas dez anos mais novas, ao realizar um teste de memória e atenção para o qual não haviam recebido qualquer tipo de treino.
Muitos dos participantes que usaram o software afirmaram, algum tempo depois, ter sentido diferença nas actividades do quotidiano, como recordar nomes ou entender melhor outras pessoas, quando falavam em espaços barulhentos.
Crianças, preparem-se. Os avós começam a dar cartas no que toca a jogos de vídeo e computador. Afinal, são sempre bons exercícios para a memória.
Com este estudo chega-se à conclusão de que o declínio da capacidade cognitiva não é mais uma parte inevitável do envelhecimento. As actividades cognitivas adequadas podem melhorar as nossas habilidades, conforme envelhecemos.
Jogos substituem medicamentos
No Japão, alguns médicos vêem nesse estudo a solução para combater a perda de me memória nos idosos e, assim, a solução passa por prescrever doses de jogos.
A ideia é que os pacientes mais velhos sejam “medicados” com jogos que estimulem a actividade cerebral. Por isso, um dos recomendados é o "Brain Age", da Nintendo DS.
Este contém alguns exercícios básicos para testar o raciocínio ou exercitar o cérebro, sendo que os problemas variam entre a matemática simples ou exercícios de lógica, leitura, música e desenhos.
Os médicos japoneses acreditam, assim, que o "Brain Training" poderá ajudar os idosos a evitar alguns lapsos de memória.
Por outro lado, a Nintendo afirma que os jogos foram desenhados para estimular o cérebro, especialmente o córtex pré-frontal, o que ajuda a aplicar o conhecimento armazenado para as habilidades diárias.
É caso para dizer que nada como uma boa dose de diversão diária, para exercitar o cérebro e estimular a memória.
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