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Galo de Barcelos

xatux

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Lendas populares sobre o galo de Barcelos


A lenda do Galo de Barcelos



Há muitos anos, passando em Portugal, uma família de peregrinos foi hospedar-se numa estalagem dessa mesma cidade, levando consigo um saco cheio de farnel. Mas como o estalajadeiro era muito ganancioso chamou a polícia dizendo que a família de peregrinos o tinham roubado.

Quando chegou a polícia disseram ao chefe da família de peregrinos que ele estava condenado à morte. O chefe dos peregrinos disse:

- É tão verdade eu estar inocente como este galo cantar!

E o mais engraçado de tudo, é que o galo ao chefe da família dizer isso o galo cantou mesmo. E agora além da tradição oral, existe também a canção, a estátua do nosso Sr. do galo e o galo feito de barro colorido. Esta estátua do nosso Sr. do galo situa-se à saída de Barcelinhos.




Durante um banquete oferecido por um proprietário rico de Barcelos, uma parte da prata foi roubada e um dos convidados foi acusado do roubo e considerado culpado pelo tribunal. Apesar das provas esmagadoras contra ele, confessou que estava inocente. O magistrado deu ao acusado uma última oportunidade para se defender. Este, ao observar um galo num cesto junto do juiz, disse-lhe: «Se eu estou inocente, o galo cantará!». O galo cantou e o acusado foi posto em liberdade.




«A. Gomes Pereira ensina que «ao sair de Barcelinhos para Alvelos vê-se numa rampa alta da estrada, o nicho de «Senhor do Galo», que dizem ter a seguinte origem: «Um dia passou por ali uma família de romeiros que iam para Santiago da Galiza. Hospedaram-se numa taberna que ainda ali se vê nas vizinhanças; como levavam farnel bem sortido de salpicões e fra*gos cozinhados, pouco gasto fizeram ao taberneiro, que era homem de más entranhas e lhes ficou com grande raiva por não poder cardá-los a seu modo e por isso lhes armou um rente, para se vingar e entregá-los à justiça. Sem ser visto, meteu no saco de um romeiro um talher de prata e foi dar parte às autoridades.

Feitas as buscas, foi logo condenado à forca o que levava o saco com o talher. O homem, vendo-se no maior apuro da sua vida, puxou de um fra*go que levava no saco, pô-lo em cima da mesa e disse para os homens da justiça que ali estavam: “É tão certo eu estar inocente como este galo cantar’. Logo aquele se levantou e começou a cantar com grande espanto e terror de todos os circunstantes.

Reconheceu-se a inocência do romeiro e foi condenado em seu lugar o taberneiro que lhe levantou o falso testemunho.»



Teotónio da Fonseca resume a mesma lenda: «Sendo condenado a morrer na forca um nosso vizinho de além Minho, por crime que não tinha praticado, apegou-se com Nossa Senhora e com o seu patrono Santiago, para que o livrasse da pena que ia sofrer. Numa inspiração súbita pediu para ir à presença do juiz, que o recebeu a jantar. O galego jurou que estava inocente e disse que, como prova da sua inocência, um galo assado, que estava em cima da mesa para a refeição do juiz, se levantaria e cantaria.

Operou-se o milagre e o condenado foi posto em liberdade Em memória deste facto, mandou erigir um padrão em frente à forca na freguesia de Barcelinhos.»




Ainda corre outra variante, na qual se diz que em tempos remotos se dera um crime de morte, que teria ficado impune, por mais minuciosas investigações que se fizessem.

Passados tempos, quando já parecia que tudo estava esquecido, surge na povoação um galego que se dirigia em peregrinação a Santiago de Compostela. Alguém chamou a atenção das autoridades para o romeiro, garantindo que no dia do assassínio se encontrava no local do crime. Apesar de certas coincidências que muito o comprometiam, o galego afirmava a sua inocência mas sem apresentar provas concludentes. Preso e julgado, foi condenado à forca. O pobre homem jurava que estava absolutamente alheio ao crime, mas tudo foi inútil.

Marcado o dia do suplício, pediu como último favor que o levassem à presença do juiz. O juiz estava rodeado de vários amigos quando apareceu o condenado. Este voltou a jurar a sua inocência, pedindo por tudo que o não enforcassem. O magistrado não pôde fazer nada. O homem fora julgado e condenado e, portanto tinha de se cumprir a sentença.

O pobre homem, vendo-se numa situação terrível chamou em seu auxílio Santiago e disse: «Eu estou tão inocente que, antes de morrer, esse galo que está em cima da mesa cantará!»

Todos riram das palavras pronunciadas pelo galego, mas o que é certo é que nenhum dos presentes tocou no galo que ali estava assado. O tempo foi passando, e na verdade, todos os convivas estavam ansiosos por que a noite chegasse, pois as palavras do peregrino não lhes saiam dos ouvidos.

De repente, e perante o espanto geral, viram o galo assado transformar-se numa bela ave cheia de penas cantar alegremente.

0 juiz e os seus convidados foram a correr ao local da forca e, perante o pasmo da multidão, verificaram que o enforcado estava vivo, suspenso e com a corda solta.

Libertaram-no imediatamente e deixaram-no seguir viagem até Santiago. No regresso, em sinal de agradecimento, mandou erguer um padrão, tendo de um dos lados S. Paulo e a Virgem, o Sol, a Lua e um dragão. Do outro lado, Cristo Crucificado, um galo e Santiago sustentando um enforcado.(...)
 
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roberts

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Lendas populares sobre o galo de Barcelos


A lenda do Galo de Barcelos



Há muitos anos, passando em Portugal, uma família de peregrinos foi hospedar-se numa estalagem dessa mesma cidade, levando consigo um saco cheio de farnel. Mas como o estalajadeiro era muito ganancioso chamou a polícia dizendo que a família de peregrinos o tinham roubado.

Quando chegou a polícia disseram ao chefe da família de peregrinos que ele estava condenado à morte. O chefe dos peregrinos disse:

- É tão verdade eu estar inocente como este galo cantar!

E o mais engraçado de tudo, é que o galo ao chefe da família dizer isso o galo cantou mesmo. E agora além da tradição oral, existe também a canção, a estátua do nosso Sr. do galo e o galo feito de barro colorido. Esta estátua do nosso Sr. do galo situa-se à saída de Barcelinhos.




Durante um banquete oferecido por um proprietário rico de Barcelos, uma parte da prata foi roubada e um dos convidados foi acusado do roubo e considerado culpado pelo tribunal. Apesar das provas esmagadoras contra ele, confessou que estava inocente. O magistrado deu ao acusado uma última oportunidade para se defender. Este, ao observar um galo num cesto junto do juiz, disse-lhe: «Se eu estou inocente, o galo cantará!». O galo cantou e o acusado foi posto em liberdade.




«A. Gomes Pereira ensina que «ao sair de Barcelinhos para Alvelos vê-se numa rampa alta da estrada, o nicho de «Senhor do Galo», que dizem ter a seguinte origem: «Um dia passou por ali uma família de romeiros que iam para Santiago da Galiza. Hospedaram-se numa taberna que ainda ali se vê nas vizinhanças; como levavam farnel bem sortido de salpicões e fra*gos cozinhados, pouco gasto fizeram ao taberneiro, que era homem de más entranhas e lhes ficou com grande raiva por não poder cardá-los a seu modo e por isso lhes armou um rente, para se vingar e entregá-los à justiça. Sem ser visto, meteu no saco de um romeiro um talher de prata e foi dar parte às autoridades.

Feitas as buscas, foi logo condenado à forca o que levava o saco com o talher. O homem, vendo-se no maior apuro da sua vida, puxou de um fra*go que levava no saco, pô-lo em cima da mesa e disse para os homens da justiça que ali estavam: “É tão certo eu estar inocente como este galo cantar’. Logo aquele se levantou e começou a cantar com grande espanto e terror de todos os circunstantes.

Reconheceu-se a inocência do romeiro e foi condenado em seu lugar o taberneiro que lhe levantou o falso testemunho.»



Teotónio da Fonseca resume a mesma lenda: «Sendo condenado a morrer na forca um nosso vizinho de além Minho, por crime que não tinha praticado, apegou-se com Nossa Senhora e com o seu patrono Santiago, para que o livrasse da pena que ia sofrer. Numa inspiração súbita pediu para ir à presença do juiz, que o recebeu a jantar. O galego jurou que estava inocente e disse que, como prova da sua inocência, um galo assado, que estava em cima da mesa para a refeição do juiz, se levantaria e cantaria.

Operou-se o milagre e o condenado foi posto em liberdade Em memória deste facto, mandou erigir um padrão em frente à forca na freguesia de Barcelinhos.»




Ainda corre outra variante, na qual se diz que em tempos remotos se dera um crime de morte, que teria ficado impune, por mais minuciosas investigações que se fizessem.

Passados tempos, quando já parecia que tudo estava esquecido, surge na povoação um galego que se dirigia em peregrinação a Santiago de Compostela. Alguém chamou a atenção das autoridades para o romeiro, garantindo que no dia do assassínio se encontrava no local do crime. Apesar de certas coincidências que muito o comprometiam, o galego afirmava a sua inocência mas sem apresentar provas concludentes. Preso e julgado, foi condenado à forca. O pobre homem jurava que estava absolutamente alheio ao crime, mas tudo foi inútil.

Marcado o dia do suplício, pediu como último favor que o levassem à presença do juiz. O juiz estava rodeado de vários amigos quando apareceu o condenado. Este voltou a jurar a sua inocência, pedindo por tudo que o não enforcassem. O magistrado não pôde fazer nada. O homem fora julgado e condenado e, portanto tinha de se cumprir a sentença.

O pobre homem, vendo-se numa situação terrível chamou em seu auxílio Santiago e disse: «Eu estou tão inocente que, antes de morrer, esse galo que está em cima da mesa cantará!»

Todos riram das palavras pronunciadas pelo galego, mas o que é certo é que nenhum dos presentes tocou no galo que ali estava assado. O tempo foi passando, e na verdade, todos os convivas estavam ansiosos por que a noite chegasse, pois as palavras do peregrino não lhes saiam dos ouvidos.

De repente, e perante o espanto geral, viram o galo assado transformar-se numa bela ave cheia de penas cantar alegremente.

0 juiz e os seus convidados foram a correr ao local da forca e, perante o pasmo da multidão, verificaram que o enforcado estava vivo, suspenso e com a corda solta.

Libertaram-no imediatamente e deixaram-no seguir viagem até Santiago. No regresso, em sinal de agradecimento, mandou erguer um padrão, tendo de um dos lados S. Paulo e a Virgem, o Sol, a Lua e um dragão. Do outro lado, Cristo Crucificado, um galo e Santiago sustentando um enforcado.(...)



Representação ao Vivo da Lenda do Galo Barcelos 21 de Julho 2007

Representação ao vivo da Lenda do Galo que terá lugar no proximo dia 21 de Julho no Largo do Municipio, bem como a Feira Tradicional que antecederá este evento.

O Guião e a representação teatral estára a cargo da Associação Recreativa e Cultural de Arcozelo.

Venha reviver os tempos medievais e ser testemulha de um milagre que hoje como ontem marca a identidade Barcelense.


Xatux, cuidado que eu sou de barcelos....:naodigas::naodigas::naodigas:

cumps: roberts
 
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