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"Gangue do tabaco" em liberdade

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O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou, ontem, a absolvição de dois empresários - um de Guimarães e outro de Arco de Baúlhe -, acusados da prática de vários crimes num caso que ficou conhecido como o "Gangue do Tabaco".


Na sequência de uma das maiores operações realizadas pela Brigada Fiscal da GNR, sob direcção do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), envolvendo centenas de agentes, as autoridades detiveram 27 arguidos.

Foram acusados de introdução e comercialização de tabaco contrafeito no mercado interno e comunitário, sem que o tabaco tivesse sido declarado nas instâncias aduaneiras competentes e sem pagarem os impostos correspondentes.

Um dos arguidos, agora absolvido pela Relação de Guimarães, o 28º elemento do grupo, quase todo composto por empresários, nunca chegou a ser detido. Durante um ano, as forças policiais procuraram, sem êxito, Filipe Vinagreiro.

O empresário, apesar dos mandados de detenção e de ter sido decertada a sua prisão preventiva, só compareceu perante as autoridades no dia em que se iniciou o julgamento, acompanhado pelo seu advogado. Com a decisão da Relação de Guimarães, confirmando absolvição dos dois homens apontados como os responsáveis pela rede, acaba o megaprocesso com mais de quatrocentos volumes e mais de vinte mil páginas.

O DCIAP, com o apoio da Brigada Fiscal de Matosinhos, indiciou 28 arguidos pelos crimes de associação criminosa, fraude fiscal, contrabando qualificado, contrabando de circulação e de falsificação.

O Estado português reclamava mais de quatro milhões de euros de impostos mas o Tribunal da Relação de Guimarães confirmou também a absolvição de todos os arguidos no pagamento dessa verba. Em causa está o recurso apresentado por uma magistrada do Ministério Público, contestando o acórdão que absolvia Filipe Vinagreiro e pedindo a sua condenação por todos os crimes de que era acusado.

Pedro Carvalho, o advogado do empresário, evocou a extemporaneidade do recurso para, numa complicada e muito técnica "luta" jurídica, fazer prova junto da Relação de que o recurso era improcedente. Para além da absolvição de Vinagreiro, os juízes desembargadores, absolveram ainda Albino Castro, empresário de Arco de Baúlhe, que se encontrava com pulseira electrónica.

JN
 
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