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Suspeitos tinham carros de alta cilindrada, motos, casas com piscina e sala de cinema privada
Suspeitos de assaltos à mão armada às carrinhas dos CTT tinham boa reputação, casas com piscina e empresas de fachada. Rendimentos vinham das reformas e pensões que roubavam.
A Polícia Judiciária informou esta segunda-feira que ficaram em prisão preventiva três de cinco detidos por suspeitas de integrarem "dois grupos criminosos", responsáveis por 40 furtos a carrinhas dos CTT, no valor de um milhão de euros.
Os suspeitos, que tinham entre 31 e 46 anos de idade, eram empresários e, segundo o JN, levavam uma vida faustosa, gozando de uma boa reputação em Gondomar, onde residiam. De acordo com o jornal, tinham empresas e empregos de fachada, já que o luxo em que viviam era proveniente dos lucros que faziam com os assaltos à mão armada a carrinhas dos CTT que transportavam pensões e salários.
Foi necessária uma longa e cuidadosa investigação para apurar todos os factos. Os dois primeiros assaltos remontam a 2012; os golpes começaram de forma esporádica e aumentaram no ano passado. Nenhum dos suspeitos tinha cadastro mas o "profissionalismo" dificultou a vida aos investigadores, que tinham apenas uma certeza: o conhecimento vasto do grupo sobre o funcionamento do transporte de valores dos CTT só estava ao alcance de alguém que lá trabalhasse ou tivesse trabalhado.
A polícia conseguiu chegar a um funcionário dos CTT, que tinha sido despedido por falta grave, e dele aos cúmplices, depois de uma vigilância longa e apertada. A ausência de contactos telefónicos entre os suspeitos, que deixavam sempre os telemóveis em casa quando saíam para os assaltos, ou o facto de saírem de casa de madrugada verificando se eram seguidos no dia dos golpes, dificultou a vida às autoridades.
O gangue inicial, que dispunha de carros de luxo, motos de alta cilindrada, casas com piscina, mesa de bilhar e sala de cinema, era composto por três empresários. Em março passado, um deles terá abandonado o grupo mas não a atividade, uma vez que contratou mais dois indivíduos para trabalharem consigo nos assaltos. Passou a concorrer com os antigos cúmplices, provocando uma anormal subida no número de assaltos aos CTT: só nos primeiros meses deste ano, registaram-se 12 furtos.
dn