kokas
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Queixa-crime da Parvalorem aponta suspeitas de gestão danosa e abuso de poder. Em causa está uma eventual concessão de crédito com garantia do Estado.
Já não bastavam as suspeitas sobre a gestão de Oliveira Costa no BPN, agora há também indícios de crimes cometidos pela administração do banco durante o período da nacionalização. Segundo informações recolhidas pelo DN, a Parvalorem, empresa pública que está a gerir o buraco deixado pelo BPN, imputa, numa queixa-crime entregue no DCIAP, aos administradores nomeados pela Caixa Geral de Depósitos crimes de gestão danosa e abuso de poder. Em causa estão decisões da administração pública que terão sido contrárias aos objetivos da nacionalização decretada em novembro de 2008.
Uma das questões levantadas pela atual administração da Parvalorem prende-se com uma eventual concessão de crédito feito pelo BPN nos primeiros seis meses da nacionalização, que terá ascendido a 500 milhões de euros. Este dinheiro, recorde-se, não era do próprio banco, mas sim tinha sido emprestado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) com garantia do Estado. Alguns dos créditos acabaram por passar para o BIC após a venda do BPN em 2012. Porém, segundo dados da Parvalorem, há 366 milhões de euros de créditos que ficaram na esfera da empresa pública, os quais implicam o pagamento de 40 milhões de euros/ano em juros à CGD. E, como este dinheiro foi dado com garantia do Estado, isto quer dizer que é contabilizado para efeitos de contas públicas, leia-se défice.
Um elemento da administração do BPN nacionalizado disse, que pediu anonimato, garantiu, ontem ao DN, que a política da altura não foi conceder "crédito novo", mas sim "reestruturar créditos já existentes, o que não pode ser visto como novo crédito". O mesmo gestor garantiu que a administração estava mandatada para fazer essas operações.
dn