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Gladiadores Romanos

mjtc

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Ave Casear morituri te salutant
"Salve César os que vão morrer te saúdam"
(Frase pronunciada pelos gladiadores antes da luta).

Os gladiadores eram lutadores que participavam de torneios de luta na Roma Antiga. De origem escrava, estes homens eram treinados para estes combates, que serviam de entretenimento para os habitantes de Roma e das províncias.
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O nome "Gladiador" provém da espada curta usada
por este lutador, o gladius (gládio).

Os gladiadores eram escolhidos entre os prisioneiros de guerra e escravos. Com o passar das lutas, caso reunisse muitas vitórias, tornavam-se heróis populares. Nas arenas (a mais famosa era o Coliseu de Roma), os gladiadores lutavam entre si, utilizando vários armamentos como, por exemplo, espadas, escudos, redes, tridentes, lanças, etc.
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Coliseu de Roma.

Participavam também das lutas montados em cavalos ou usando bigas (carros romanos puxados por cavalos).

Muitas vezes estes gladiadores eram colocados na arena para enfrentar animais selvagens, como por exemplo, leões, tigres, leopardos, etc.

O combate entre gladiadores terminava quando um deles morria ou ficava ferido com impossibilidade de continuar a luta.
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Os Gladiadores lutavam até a morte em muitos
casos para entreter o povo.
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Cena do filme "Gladiator", de Ridley Scott.

Os gladiadores mais bem sucedidos ganhavam, além da popularidade, muito dinheiro, e com o tempo, podiam largar a carreira de forma honrosa. Estes privilegiados ganhavam uma pensão do império e um gládio (espada de madeira simbólica).

Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do «Panem et Circenses» (Pão e Circo). Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as oportunidades de revolta. Os espectáculos tornaram-se uma arena política porque a plebe e seu soberano encontravam-se face a face. A história dos espectáculos de massa patrocinados pelos romanos nos magníficos tempos da República Imperial prestou-se como exemplo vivo das possibilidades de manipulação das massas por parte das suas elites dirigentes. Tratou-se do célebre «panem et circenses» apregoado pelo poeta Juvenal, como a melhor forma de manter o povo sob controle dos seus dirigentes. As terríveis cenas na arena do anfiteatro, onde gladiadores lutavam até a exaustão contra outros gladiadores ou contra feras terríveis, foram apontadas como prova da crueldade do conluio entre o patriciado e a plebe romana

Principais tipos de Gladiadores Romanos:

Os trácios eram os únicos a lutar com a sica, uma espada curva. Como usavam um escudo pequeno, eles tinham também chapas de metal para proteger as pernas. O capacete com plumas era outra marca registada.
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Trácio.

O murmillo tinha o apelido de "homem-peixe" por usar um capacete com o desenho de um peixe na lateral. As armas e protecções eram similares às do secutor, podendo variar o escudo. As lutas entre trácios, murmillos e retiarius eram consideradas os verdadeiros clássicos das arenas.
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Murmillo.

Hoplomaco homenageava os guerreiros das falanges gregas, por isso portava uma lança, que podia ser usada junto com uma adaga ou com uma espada. Tinha boas protecções para o corpo, como o secutor, mas precisava se virar apenas com um pequeno escudo circular.
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Hoplomaco.

Retiário era o tipo mais ágil e veloz, mas também o mais indefeso, pois tinha pouca protecção - nem sequer usava capacete. Encarava gladiadores "pesados", como o secutor, usando só uma rede e um tridente. Para finalizar a luta, contava ainda com uma adaga.
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Retiário.

Secutor treinado para encarar o retiário, era um "tanque de guerra" bem protegido. Tinha um grande escudo rectangular e capacete mais liso, para não prender na rede do retiário, e com pequenos buracos para os olhos (para evitar as pontas do tridente). A sua arma era uma espada.
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Secutor.

Dimachaeri, existem poucos registos sobre este tipo de gladiador - os historiadores não sabem ao certo nem quem ele enfrentava nas arenas. Mas pelo facto de usar só duas espadas, alguns especialistas acreditam que o dimachaeri era um dos gladiadores mais bem treinados.
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Dimachaeri.

A cavalo, os andabatis se enfrentavam com um capacete com o visor tampado. Um combate às cegas, sem escudo e portando apenas uma espada! Eles não eram do mesmo nível dos outros gladiadores e serviam mais como um "alívio cómico" durante os jogos.
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Andabatis.

Armas tradicionais dos legionários romanos também faziam sucesso nas arenas:

Tridente
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Arma que intimidava e tinha o alcance de uma lança. As
três pontas serviam ainda para desarmar o adversário -
a lâmina da espada do rival ficava presa entre elas.

Adaga
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Possuía corte nos dois lados da lâmina e uma ponta extremamente
afiada. Assim como o gládio, fazia parte do arsenal carregado pelos
legionários romanos.

Espada Curva
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Original da Trácia - região entre a actual fronteira
da Grécia com a Turquia -, era um pouco mais leve
e longa que outras espadas da época, possibilitando
cortes rápidos.

Rede
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Tinha pesos nas bordas, como uma rede de pesca. Funcionava tanto para manter o adversário
a distância, como para imobilizá-lo ao ser lançada sobre ele.

Gládio
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Clássica espada romana, o gládio não era muito longo - tinha
cerca de 70 cm. Ideal para luta a média distância, era uma
arma tanto de corte como de perfuração.

Lança
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Além desta lança - a hasta,
que era mais longa -, havia
ainda o pilo (um tipo de dardo
para arremesso). O equites era
o único gladiador que usava o pilo.
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Capacete Romano Gladiador.

Treino:

Os gladiadores tinham treino em escolas especiais conhecidas como ludus. Em Roma havia quatro escolas, sendo a maior Ludus Magnos que era conectada com o coliseu por um túnel subterrâneo. No intervalo das lutas eles tinham um tratamento especial que envolvia grandes cuidados médicos e treino cuidadoso. No geral, eles não lutavam mais que três vezes ao ano. Viajavam em grupos conhecidos como famílias quando iam lutar em outras cidades. O treinador, conhecido como lanista (provavelmente derivado da palavra carniceiro), ia junto.

Alimentação:

Os gladiadores eram em grande parte, vegetarianos. Alimentavam-se basicamente de feijões e cevada. O motivo é o facto de que a carne era um alimento caro, e eles eram escravos.

Curiosidades:

Eram comuns nas lutas as participações de anões, sendo que eles lutavam tanto entre si como também em times contra gladiadores normais.

Havia também gladiadoras mulheres, que lutavam com um seio exposto, pois usavam as mesmas vestimentas dos gladiadores homens.
O imperador Domiciano gostava de ver lutas entre anões e mulheres.
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Além das lutas de gladiadores, as arenas eram utilizadas para sacrificar os inimigos do império em confrontos desiguais com feras selvagens como leões, tigres e panteras.
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Cristãos no Coliseu Romano.

Venationes eram os jogos com a presença de animais. Um tipo especial de gladiador, o bestiarii entrava na arena exclusivamente para lutar contra animais trazidos de várias partes do território romano, principalmente do norte da África e do Oriente Médio. A lista de animais levados à arena é longa: leões, panteras, tigres, ursos, touros, rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, cervos, veados, javalis, cabras selvagens, alces, hienas, cavalos selvagens, crocodilos, cobras e até avestruzes foram alguns dos animais mortos nos espectáculos.
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Cientistas descobrem o segredo da força excepcional dos Gladiadores Romanos

Um estudo científico afirma que a dieta dos gladiadores romanos era rica em cereais e praticamente nula no consumo carne. Trata-se de um complexo exame legista, realizado a partir dos restos de 22 gladiadores que viveram por volta de 200 D.C., na cidade romana de Éfeso (actual território turco).

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Especialistas da Universidade de Medicina de Viena (Áustria) e da Universidade de Berna (Suíça) analisaram exaustivamente a composição de cada osso, para descobrir que os lutadores do circo romano seguiam uma dieta vegetariana restrita. Depois das lutas ou dos treinos, os gladiadores bebiam uma infusão com cinzas de plantas para se recuperarem, de acordo com a análise dos níveis de estrôncio no tecido ósseo.

"Os gladiadores consumiam cinzas de plantas para fortificar o corpo após os exercícios físicos e para melhorar a recuperação dos ossos danificados", afirmou Fabian Kanz, um dos professores do departamento de medicina forense da Universidade de Viena.

O estudo conclui que os gladiadores profissionais consumiam principalmente trigo, cevada e grãos. São poucos os indícios de ingestão de carnes e lacticínios, à excepção de dois casos nos quais foram detectados níveis altos de proteína animal e baixa presença de cereal, o que poderia caracterizar uma origem estrangeira e ter causado uma morte precoce de ambos os lutadores.

Fonte: BBC
 
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