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Golpe de estado no Mali faz 50 mortos
Depois de várias horas de confrontos os militares tomaram o poder no Mali, pelo menos 50 membros da guarda presidencial foram mortos durante os combates.
Desde ontem que guardas leais ao presidente Mamadou Toumani Touré tentavam proteger o palácio presidencial.
No entanto, os militares revoltosos, em maior número, acabariam por tomar o edifício e declarar a revogação da Constituição, bem como a dissolução de todas as instituições do Estado.
Fontes leais a Touré, que se encontra em paradeiro desconhecido, afirmam que o presidente, que os militares afirmam ter deposto, se encontra «bem», apesar de estar em paradeiro desconhecido.
A mesma fonte, anónima, admite que alguns membros do governo foram detidos, mas esclarece que os ministros da Segurança e da Defesa estão em local seguro.
O principal órgão golpista, o Comité Nacional pela Recuperação da Democracia e a Restauração do Estado, presidido pelo capitão Amadou Sanogo, declarou já que não tem intenção de assumir o poder, mas sim de abrir diálogo com os principais partidos da oposição.
Na origem do golpe de Estado, levado a cabo em Bamako, está o descontentamento dos militares devido à falta de meios para combater os rebeldes no Norte do país que, desde meados de Janeiro, tentam ocupar parte do país.
O governo deposto acusa os separatistas do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad de serem apoiados pelo ramo magrebino da Al-Qaeda.
AP/SOL