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Governo discute acumulação de metade do subsídio com um salário
O Governo vai discutir na sexta-feira com os parceiros sociais a medida que possibilita que os desempregados possam acumular uma parte do subsídio de desemprego com um salário, num período máximo de um ano.
A criação desta medida de política activa de emprego destina-se a «acelerar e a incentivar» o regresso ao mercado de trabalho de indivíduos desempregados e consta do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, assinado entre o Governo e os parceiros sociais, a 18 de Janeiro último.
De acordo com o documento enviado hoje pelo Governo aos sindicatos e confederações patronais, ao qual a Lusa teve acesso, a 'Medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego', «destina-se aos desempregados que beneficiem do regime geral de Segurança Social e que estejam inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses e que aceitem uma oferta de trabalho cuja remuneração seja inferior à da sua prestação de subsídio de desemprego».
Relativamente ao apoio financeiro, os desempregados terão direito a «50 por cento do subsídio de desemprego durante os primeiros seis meses até ao limite máximo de 500 euros ou a 25 por cento do subsídio de desemprego durante os seis meses seguintes, até ao limite máximo de 250 euros».
Ou seja, esta medida poderá contrariar a tendência de muitos desempregados rejeitarem ofertas de emprego cujos salários são inferiores à prestação mensal do subsídio de desemprego.
Acrescenta ainda o documento que «o apoio financeiro pode ser atribuído até 12 meses durante cada período de concessão de subsídio de desemprego» e que «o trabalho prestado ao abrigo desta medida não prejudica a possibilidade de o beneficiário retomar a prestação de subsídio de desemprego, caso o contrato de trabalho cesse, sendo o período de tempo de trabalho prestado com acumulação descontado no prazo geral de concessão do subsídio de desemprego».
Lusa/SOL