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Governo quer fechar hospital em Torres Vedras

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Governo quer fechar hospital em Torres Vedras


O Ministério da Saúde quer encerrar o Hospital José Maria Antunes (sanatório do Barro), em Torres Vedras, de acordo com uma segunda proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para a reorganização dos cuidados hospitalares.

A proposta a que a Lusa teve acesso, datada de Fevereiro, mantém em Torres Vedras a cirurgia convencional, as especialidades de Cirurgia Geral, Ortopedia, otorrinolaringologia e os Serviços de Medicina, Pneumologia e Pediatria, mas sugere o «encerramento do Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior», um equipamento secundário ligado a doenças pneumológicas, entre outras.

A proposta apresentada esta manhã ao presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel (PS), inclui ainda o cenário avançado na primeira versão do documento (data de Janeiro), que retira ao hospital local o serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, transformando-o em urgência básica.

«Mais do que o encerramento do Sanatório (José Maria Antunes), as urgências são a nossa principal preocupação», disse à Lusa Carlos Miguel, para quem a concentração das urgências em Caldas da Rainha «não faz qualquer sentido».

Segundo o autarca, são atendidos diariamente nos serviços de urgência de cada um dos principais hospitais da região Oeste [Caldas e Torres], em média, «250 pessoas por dia» o que resultará, após a fusão dos dois hospitais, «numa procura média de 500 pessoas por dia».

Carlos Miguel sustenta que «nenhum dos dois hospitais terá capacidade de resposta a uma procura diária superior, por exemplo, ao Hospital de Santa Maria ou ao Amadora Sintra».

O autarca considera não haver «justificação técnica» para a localização das urgências em Caldas da Rainha, já que, em casos como «um AVC ou fracturas graves em acidentes, os doentes terão que ir às Caldas, de onde serão transferidos para Santa Maria [em Lisboa], fazendo desnecessariamente mais 80 quilómetros e demorando mais 60 a 80 minutos».

A nova versão do estudo da ARSLVT «não diminuiu as preocupações do autarca» que defende que «estas questões têm que ser discutidas com a tutela, porque envolvem todo o Oeste» e obrigam a «uma solução de consenso, porque, é a saúde e a vida das pessoas que está em jogo».

A região Oeste de Lisboa é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.

A fusão dos dois sistemas de saúde está a ser estudada pela ARSLVT, que em Janeiro produziu um primeiro relatório, apresentado às administrações hospitalares, para que se pudessem pronunciar.

Surge agora, com data de Fevereiro, uma segunda proposta mas, segundo fonte da ARSLVT, a solução final só deverá ser conhecida «dentro de duas semanas».


Lusa/SOL
 
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