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Grandes Batalhas Navais da História

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Entende-se por batalha naval todo o combate decorrido nos mares, oceanos, ou noutras grandes superfícies aquáticas, tal como grandes lagos e rios de grande envergadura. O registo mais antigo de uma batalha naval teve lugar em 1210 A.C., ao largo de Chipre.
 

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Batalha de Lepanto

Na Batalha Naval de Lepanto, uma esquadra da Liga Santa (República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados Pontifícios), sob o comando de João da Áustria, venceu o Império Otomano, no dia 7 de Outubro de 1571, ao largo de Lepanto, na Grécia. Esta batalha representou o fim da expansão islâmica no Mediterrâneo.

Em 1570, os Turcos Otomanos invadiram a Ilha de Chipre, então na posse da República de Veneza. Os venezianos, enfraquecidos por anos de luta contra os turcos, viram-se obrigados a pedir ajuda, já que a posse de Chipre permitiria aos turcos o domínio do Mediterrâneo. O Papa Pio V reuniu uma esquadra de 208 galés e 6 galeaças (enormes navios a remos com 44 canhões), das marinhas da República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e dos Estados Papais, sob o comando de João da Áustria, formando a então chamada Liga Santa. Esta frota enfrentou 230 galés turcas ao largo de Lepanto, na Grécia, a 7 de Outubro de 1571. O combate durou somente três horas. Foram destruídas ou capturadas 190 galés turcas, enquanto os cristãos perderam apenas 12 navios. Lepanto foi o fim da ameaça marítima turca para a Europa.
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Batalha Naval de Diu

A batalha naval de Diu teve lugar a 3 de Fevereiro de 1509, nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto, do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate.

A batalha revestiu-se de um carácter de vingança pessoal para D. Francisco de Almeida, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508. Esta batalha assinalou o início do domínio europeu. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo Mombaça, Mascate, Ormuz, Goa, Colombo e Malaca. O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

Na batalha de Diu, as forças portuguesas eram compostas por 18 navios, cerca de 1500 portugueses e 400 malabares de Cochim e Cananor. As forças muçulmanas eram compostas por 12 navios maiores e cerca de 80 galés de Calecute e Guzarate. Sabe-se que um dos feridos na batalha foi Fernão de Magalhães, o navegador que deu a volta ao mundo. Dos destroços da batalha constavam três bandeiras reais do Sultão Mameluco do Cairo, que foram transladadas para o Convento de Cristo, em Tomar (Portugal), sede espiritual dos Cavaleiros Templários, onde constam até aos dias de hoje.

A batalha de Diu de 1509, a mais emblemática da História da Marinha Portuguesa foi uma das raras batalhas navais em que a armada vencida foi totalmente aniquilada. No entanto sob o ponto de vista táctico representa um retrocesso por parte dos Portugueses, atendendo a que voltaram a dar maior importância ao combate à abordagem do que ao combate de artilharia. Sob o ponto de vista estratégico foi o factor que, acima de qualquer outro, criou as condições que permitiram a Afonso de Albuquerque conquistar Goa em 1510, Malaca em 1511, entrar no mar Vermelho e obrigar o Samorim de Calicut a pedir a paz em 1513 e tornar-se definitivamente senhor de Ormuz em 1515.
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Armada Invencível

A Invencível Armada ou Armada Invencível, foi uma esquadra reunida pelo rei Filipe II em 1588 para invadir a Inglaterra. A Batalha Naval de Gravelines foi o maior combate da não declarada Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de neutralizar a influência Inglesa sobre a política dos Países Baixos Espanhóis e reafirmar hegemonia na guerra nos mares.

A Invencível Armada era composta de 130 navios bem artilhados tripulados por 8000 marinheiros, carregando 18.000 soldados, e estava destinada a embarcar mais um exército de 30.000 infantes. No comando, o Duque de Medina-Sidonia seguia num galeão português, o "São Martinho". No combate no Canal da Mancha, os Ingleses impediram o embarque das tropas em terra, frustraram os planos de invasão e obrigaram a Armada a regressar contornando as Ilhas Britânicas. Na viagem de volta, devido às tempestades, até metade dos navios se perdeu. O episódio da Armada foi uma grave derrota política e estratégica para coroa espanhola e teve grande impacto positivo para a identidade nacional inglesa.

A Armada composta por navios espanhóis e portugueses tiveram 600 mortos, 397 capturados, 1000 feridos e 3 navios afundados. A Armada inglesa comandada por Charles Howard e Francis Drake, composta de 197 embarcações (34 navios de guerra e 163 navios mercantes), teve 500 mortos ou feridos.
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Opinião dos Historiadores em Relação à Batalha

O episódio conhecido como derrota da armada invencível, não pode ser reduzido a apenas um dia, uma data ou uma batalha. No entanto, no dia 8 de Agosto de 1588, ocorreu uma batalha que na prática decidiu o futuro da campanha militar, que tinha como objectivo a da invasão da Inglaterra. A decisão de atacar a Inglaterra foi tomada no ano de 1586, ano a partir do qual, estão prontos ou em aparelhamento os galeões da Coroa de Portugal. Os navios portugueses, são segundo a maioria dos historiadores, a principal razão da confiança de Filipe II no resultado da campanha, sendo os 9 galeões portugueses e as 4 grandes Galeaças do reino de Nápoles, os mais poderosos navios da esquadra. É portanto de crer que a ideia normalmente propalada pela Inglaterra, de que enfrentou em 1588 uma poderosíssima armada «Espanhola» foi acima de tudo resultado da campanha de propaganda que se seguiu à batalha, mas nunca correspondeu à realidade.

Em primeiro lugar, nunca existiu uma armada espanhola, mas sim várias armadas, que foram organizadas segundo a sua origem. Havia além da armada portuguesa, a armada de Galeaças de Nápoles, a armada de 14 navios bascos, a armada castelhana de 14 galeões de tamanho médio, normalmente utilizados para transporte entre a península e as Américas, entre outras. Mas a verdade é que para além dos 9 galeões de guerra enviados pela coroa portuguesa e das 4 Galeaças enviadas pelo reino de Nápoles, os restantes navios eram na sua maioria navios mercantes armados com canhões que em muitos casos foram retirados das fortalezas terrestres, ou galeões de dimensões mais reduzidas. A esquadra somava 130 navios, mas apenas 10% desse numero tinha real capacidade militar.

Do lado inglês, encontrava-se a esquadra de 34 Galeões de guerra da Rainha, o núcleo principal da Royal Navy criada por Henrique VIII alguns anos antes e no total a esquadra inglesa somava 197 navios. A verdadeira batalha deveria travar-se entre os 34 galeões de guerra ingleses de um lado e os 9 galeões portugueses juntamente com as 4 Galeaças de Nápoles. A superioridade numérica inglesa em verdadeiros navios de guerra era portanto muito considerável, embora reduzida pelo poder de fogo de cada navio português, bastante superior aos navios ingleses. A única inferioridade dos navios britânicos estava no numero de homens embarcados (apenas 15.551 homens contra 27.365). Mas como as abordagens não representaram qualquer papel de relevância na batalha, esta desvantagem numérica transformou-se numa vantagem, pois a diferença era constituída por tropas de infantaria que não chegaram a combater.
 
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Batalha do Nilo

A Batalha do Nilo, conhecida na França como Batalha de Aboukir, foi uma importante batalha naval das Guerras Revolucionárias Francesas entre a armada do Reino Unido da Grã-Bretanha (antecessor do Reino Unido de hoje), comandada pelo Vice-Almirante Horatio Nelson, e a frota francesa sob o comando do Vice-Almirante François-Paul Brueys D'Aigalliers que teve lugar na noite e manhã de 1 e 2 de Agosto de 1798.

As baixas francesas foram muito altas, tendo sido 1700 homens mortos e 3000 capturados, enquanto as baixas inglesas foram bastante baixas, com apenas 217 mortos. A frota francesa tinha chegado a cidade egípcia de Alexandria no dia 1 de Julho, ou seja, dois dias depois da frota inglesa de Nelson ter partido em perseguição aos franceses. As tropas francesas desembarcaram, e a cidade foi tomada. Como era difícil aos navios entrar no porto de Alexandria, Napoleão Bonaparte ordenou ao vice-almirante Brueys, capitão do "Orient", que ancorasse os 13 navios e as 4 fragatas na baía de Aboukir, a cerca de 32 km a este-nordeste de Alexandria, enquanto Napoleão e as suas tropas marchavam pelo deserto egípcio para conquistarem o Cairo. Enquanto isso, a frota britânica andava pelo Mar Mediterrâneo Oriental até que foram informados na Grécia que os franceses tinham sido vistos quatro semanas antes na ilha de Creta navegando para sudeste com destino a Alexandria. Ao entardecer do dia 1 de Agosto, Nelson finalmente avistou a frota de Brueys que se encontrava ancorada em linha nas águas pouco profundas da baía de Aboukir com um longo e perigoso banco de areia à sua retaguarda. Brueys pensou que Nelson não iria correr o risco de atacar até ao dia seguinte, dado o perigo que representava tentar navegar na baía já sem luz. Este tipo de situação, no entanto, apela à capacidade dos marinheiros experimentados e a tácticas inusitadas, e era precisamente o que distinguia Nelson e o mais entusiasmava. Os navios de Nelson seguiram imediatamente para ambos os flancos da frota francesa ancorada, mas pararam a meio da linha dos navios, o que assegurava que metade dos navios franceses não poderia tomar parte na acção porque estavam situados a sotavento. A frota francesa tinha maior poder de fogo: um navio de 118 canhões, três de 80 canhões, nove de 74 canhões e 4 fragatas. A frota britânica dispunha de um barco de 50 canhões e 13 barcos de 74 canhões. Contudo, este ataque surpresa de Nelson deu aos ingleses a vantagem táctica de não perderem nenhum navio, enquanto a frota francesa sofreu enormes perdas: só dois sobreviveram, os outros foram capturados ou afundados, incluindo o "Orient", que pegou fogo e explodiu durante a batalha. O vice-almirante Brueys foi atingido e faleceu no tombadilho do "Orient".

Nelson teve com esta vitória, uma grande variedade de honras e presentes de potências estrangeiras que lhe foram reconhecidas. Tornou-se Barão Nelson do Nilo e passou a receber pensões anuais tanto do Parlamento inglês como irlandês. Também foram-lhe dadas 10.000 libras esterlinas.
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Batalha de Trafalgar

A Batalha de Trafalgar foi uma batalha naval que ocorreu entre a França e Espanha contra a Inglaterra, em 21 de Outubro de 1805, na era napoleónica, ao largo do cabo de Trafalgar, na costa espanhola.

A esquadra franco-espanhola era comandada pelo almirante Villeneuve, enquanto que a inglesa era comandada pelo almirante Nelson, para muitos o maior génio em estratégia naval que já existiu. A França queria invadir a Inglaterra pelo Canal da Mancha, mas antes tinha que se livrar do empecilho que era a marinha inglesa. Nelson tinha que evitar isso. O cabo de Trafalgar fica ao sul de Cádiz, na costa atlântica espanhola. Entre as 7h e 8h da manhã de 21 de Outubro de 1805, as duas frotas avistaram-se perto do cabo Trafalgar, a sul de Cádis. O lado inglês dispunha de 27 navios, sem contar fragatas e outras embarcações menores, tudo munido com um total de 2650 peças de artilharia. O adversário tinha 33 embarcações e 3150 canhões.

No entanto, dizem os historiadores, a desvantagem numérica de Nelson não era prejudicada. Na verdade, os seus canhões eram mais leves e permitiam mais cadência de tiro, além de que os seus navios tinham maior quantidade de canhões concentrados. Às 11h45m foi disparado o primeiro tiro. Pelas 16 horas já estava traçado o destino do embate, e pelas 18 horas, soou o último disparo. Quanto ao número de baixas, os espanhóis tiveram 2500, incluindo-se 1000 mortos. Os franceses perderam 3700 homens, num total de 5200 baixas. Os vencedores perderam 450 soldados e tiveram 1700 baixas. A vitória começou a construir-se, como é hábito nesta gente quando se trata de coisas importantes, na concepção da estratégia e na organização. A armada franco-espanhola, como era clássico, estava disposta em linha, ou seja, com todos os barcos perfilados, oferecendo uma barreira de fogo extensa e brutal. Em vez de também formar um alinhamento idêntico, Nelson optou por ordenar a formação de duas colunas, e assim arremeter contra a linha inimiga. O objectivo era partir o alinhamento em três, enfraquecendo o adversário. Tratava-se de uma técnica arriscada por uma razão óbvia: enquanto os seus barcos não chegassem lá não poderiam disparar nenhum tiro, estando inteiramente à mercê do fogo inimigo. Caso obtivesse sucesso, era meio caminho andando para a vitória, já que os barcos inimigos não se poderiam ajudar uns aos outros. E assim foi. Apenas cinco horas depois do início da batalha, a bordo do "Victory" cantou-se vitória. Lord Nelson já não pode saber o quanto a sua estratégia fora a mais acertada. Durante a refrega havia sido atingido por um tiro disparado intencionalmente contra si, desde o navio francês "Redoutable", entalado entre o "Victory" e o "Temeraire", e que se revelaria fatal.

A Batalha de Trafalgar teve um significado relativo no que diz respeito à estratégia de Napoleão. Na altura, o Imperador via os seus domínios crescerem, com vitórias em Ulm e Austerlitz, pelo que desvalorizou a derrota. No entanto, a médio prazo, a importância de Trafalgar revelou-se fundamental, já que significou o fim da ideia de Napoleão em invadir a Inglaterra, por não dispor de navios que assegurassem o transporte e a segurança dos soldados franceses num eventual desembarque. A saída que encontrou foi encetar o bloqueio a Inglaterra, com o intuito de a fazer capitular. Não teve sorte, como sabemos. Por outro lado, do ponto de vista espanhol, a derrota de Trafalgar revelou-se quase fatal. Primeiro, os espanhóis ficaram, praticamente, sem armada. Depois, por força do bloqueio napoleónico, viram os ingleses tomar conta dos negócios com a América. Mais do que o acontecimento político-militar, o que realmente fascina é a visão de um homem cuja estratégia levou a uma vitória esmagadora, com poucas perdas materiais e humanas para o seu lado.

Como em muitos momentos, valores como a organização e a definição de estratégia produziram resultados positivos. Uma lição com incontáveis exemplos ao longo da História. Lord Nelson tinha ganho a Batalha de Trafalgar, mas perdeu a vida. O seu corpo foi trasladado para Gibraltar e dali para Londres, tendo sido sepultado na Catedral de São Paulo. A Batalha de Trafalgar (assim ficou conhecida uma das maiores batalhas que teve lugar em frente ao Farol de Trafalgar a 21 de Outubro de 1805, quando as esquadras aliadas de Espanha, sob o comando do Almirante Gravina, e de França, com Villeneuve como comandante, enfrentaram a Armada Britânica do Almirante Nelson) foi uma das maiores batalhas que se travaram em mar aberto.
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Batalha de Tsushima

A Guerra Russo-Japonesa de 1904/1905, marca a emergência definitiva do Japão como potência de primeiro plano, senão mundial, pelo menos regional. A súbita descoberta da capacidade de um país do Extremo Oriente derrotar, com as mesmas armas, uma poderosa potência euro-asiática, causou um tremendo impacto na opinião pública mundial. A relação de forças a nível internacional, entre os países ocidentais e o resto do mundo, tinha sido pela primeira vez posta claramente em causa.

A hegemonia europeia, de matriz essencialmente colonial sobre os restantes continentes, fora decisivamente desafiada. Iniciava-se um longo processo que ainda hoje continua, no qual progressivamente se inverteu o equilíbrio de poder preexistente e até aqui extremamente favorável ao Ocidente. A transferência da tecnologia europeia e a assimilação das respectivas técnicas de produção, juntamente com o investimento na ciência e na educação modernas, foram os grandes trunfos dos japoneses no Período Meiji (1868-1912) iniciado nos anos 60 do século XIX.

Tratou-se, essencialmente, de responder ao desafio do exterior, simbolizado pela repentina chegada à baía de Edo, da esquadra norte-americana do comodoro Perry em 1853 e abertura forçada dos portos ao comércio internacional no ano seguinte. A preservação da independência política do Japão exigia uma modernização do país sem implicar obrigatoriamente a sua ocidentalização. A bem sucedida assimilação cultural das estruturas políticas, administrativas, económicas e científicas, do Ocidente não pôs nunca em causa a tradição nacional.

A guerra Russo-japonesa foi provocada pela intenção de conquista da Coreia e da Manchúria por parte dos russos e dos japoneses. Após o Tratado de Shimonoseki, os russos obrigaram os japoneses a restituir Porto Arthur. As tropas russas ocuparam o território e expandiram pela Manchúria. Vários acordos diplomáticos foram tentados, então os japoneses tomaram posse do porto, confrontaram e derrotaram seus adversários. Essa foi a primeira vez que um país europeu foi superado por uma nação asiática, essa guerra contribuiu para agravar a crise Russa sob seu regime Czarista, e posteriormente desencadeou a Revolução Russa, em 1917.

A Batalha de Tsushima vulgarmente conhecida como a "Batalha Naval do Mar do Japão", e como a "Batalha do Estreito de Tsushima" em outros locais, foi a última e mais decisiva batalha naval da Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905. Foi travada em 27–28 de Maio de 1905 (14-15 de Maio no calendário juliano então em uso na Rússia) no Estreito de Tsushima. Nesta batalha a armada japonesa sob o comando do almirante Heihachiro Togo destruiu dois terços da armada russa sob o comando do almirante Zinovy Rozhestvensky. O comandante russo foi capturado pelos japoneses.

O historiador Edmund Morris chamou-a de a maior batalha naval desde Trafalgar. A Batalha de Tsushima foi a única batalha marítima da história em que os couraçados tiveram uma acção decisiva dentro da armada. Além disso, deve-se levar em consideração a viagem sem precedentes da armada Imperial Russa, comandada pelo almirante Rozhestvensky que navegou mais de 33.000 km para chegar a sua estação no Extremo Oriente. Antes da Guerra Russo-Japonesa, os países construíam seus couraçados com baterias mistas de canhões de 150 mm, 203 mm, 254 mm e 305 mm, com a intenção de que estes couraçados actuassem na linha de batalha, numa área restrita. A batalha demonstrou que grandes canhões com alcances mais longos eram mais vantajosos durante as batalhas navais do que baterias mistas de diferentes tamanhos. Na batalha naval a frota Russa era inferior a Japonesa; no confronto terrestre o Japão teve uma larga vantagem em contingente de soldados, enquanto a tropa Russa contavam com 80.000 soldados mal preparados, os japoneses possuía 270.000 soldados treinados e equipados. No dia 27 de Maio de 1905, os russos enviaram 38 navios ao território japonês, 27 foram destruídos. No fim da batalha, os Russos tiveram 4380 mortos, 1862 feridos, 5917 prisioneiros, enquanto o Japão teve perdas insignificantes em relação as baixas russas, 117 mortos e 583 feridos. A guerra também foi conhecida como a primeira grande guerra do século XX.
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Batalha da Jutlândia

A batalha da Jutlândia foi a maior batalha naval da Primeira Guerra Mundial e o único confronto em grande escala entre couraçados que teve lugar naquela guerra. Foi também o segundo (depois da batalha de Tsushima em 1905) e último combate em grande escala entre navios de aço couraçados. Segundo alguns critérios é a maior batalha naval da História.

A batalha teve lugar de 31 de Maio a 1 de Junho de 1916 e as forças navais combatentes foram as esquadras britânica e alemã. Os resultados foram incertos devido às graves perdas sofridas por ambas as partes, mas do ponto de vista estratégico os Britânicos continuaram a dominar o mar. O combate teve início quando as duas frotas lançaram-se ao encontro uma da outra, sem contudo, os respectivos almirantes terem conhecimento do que iria suceder a seguir. Cada um julgava que iria combater só uma parte da força inimiga. Foi um caso exemplar da falha da teoria dos jogos, quando os navios da totalidade das duas frotas enfrentaram-se mutuamente. Nunca na História da Humanidade, tantos homens e navios enfrentaram-se num combate. Ambas as formações navais custaram mais do que o Produto Interno Bruto das duas grandes potências.

A frota Britânica era composta por: 28 couraçados, 9 cruzadores, 8 cruzadores pesados, 26 cruzadores ligeiros e 77 torpedeiros e contratorpedeiros e um transporte de hidroavião.

A frota Alemã era composta por: 16 couraçados, 6 cruzadores, 11 cruzadores ligeiros, 61 torpedeiros e contratorpedeiros, e 18 submarinos.

O mais importante episódio naval da I Guerra Mundial, ocorrido nas águas da Jutlândia (Dinamarca) a 31 de Maio de 1916 entre a grande frota britânica, sob o comando de sir John Jellicoe, e a frota de alto mar alemã do almirante Reinhard Scherr, decorreu em duas fases, terminando com a fuga da frota alemã, embora nela, os ingleses tenham perdido 3 cruzadores pesados, 3 cruzadores, 8 contratorpedeiros e 6097 homens face a 1 couraçado, 1 cruzador pesado, 4 cruzadores, 5 contratorpedeiros e 2545 homens da parte alemã. No entanto, apesar das perdas britânicas terem sido superiores às alemãs, os ingleses tornaram-se senhores do mar no final da batalha, e durante o resto da guerra, a frota alemã de superfície teve de permanecer imobilizada nas suas bases.
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Batalha do Mar de Java

Batalha do Mar de Java foi uma grande batalha naval ocorrida no início da Guerra do Pacífico, durante a Segunda Guerra Mundial, entre as forças navais japonesas e os Aliados, que sofreram uma grande derrota ao largo das costas da Indonésia e da Nova Guiné em 27 de Fevereiro de 1942 e em dias subsequentes, fragmentando-se em batalhas menores mas de grandes enfrentamentos e perdas como a Batalha do Estreito de Sonda, que transformaram o episódio na maior batalha naval de superfície ocorrida até então desde a I Guerra Mundial. Ao término das batalhas em torno de Java, a principal frota conjunta dos Aliados havia sido destruída, com a perda de 10 navios e 2173 marinheiros. A batalha também pôs um fim às operações navais dos Aliados no sudeste da Ásia em 1942, culminando com a invasão japonesa de Java (Indonésia) em 28 de Fevereiro, causando a retirada dos poucos aviões sobreviventes da US Air Force e da RAF ainda no país, para a Austrália. Durante uma semana, tropas britânicas e holandesas nas ilhas ainda lutaram e resistiram ao invasor, até a rendição total das forças terrestres aos japoneses em Março daquele ano. Foi a maior batalha apenas entre navios de superfície no início da Guerra do Pacífico.
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Batalha do Mar de Coral

A Batalha do Mar de Coral foi uma batalha naval travada no Mar de Coral, ao largo do Arquipélago das Luisíadas, no Oceano Pacífico, entre 4 a 8 de Maio de 1942, entre forças norte-americanas e australianas, pelos Aliados, e navios da Marinha Imperial do Japão. Esta foi a primeira batalha da guerra em que aviões embarcados de ambos os lados em combate atacaram os porta-aviões inimigos. Mar de Coral foi a primeira ocasião, em toda a guerra, na qual uma força naval japonesa se confrontou com uma oposição séria - e muitas fraquezas foram aí reveladas. Os norte-americanos, embora ainda inexperientes em combate aeronaval e mesmo sofrendo a perda do porta-aviões USS Lexington, afundaram o porta-aviões japonês Shoho e danificaram outros dois, o Shokaku e o Zuikaku, obrigando-os a retornar aos estaleiros japoneses para longos reparos, ficando impossibilitados de participar na Batalha de Midway, um mês depois.

A esquadra norte-americana era composta por: 2 porta-aviões, 9 cruzadores, 13 destroyers, 2 petroleiros, 1 hidroavião e 128 aviões. Tendo sofridos 2 porta-aviões danificados, sendo um com gravidade. Foi afundado 1 destroyer, 1 petroleiro, 60 aviões abatidos e 656 mortos. A esquadra japonesa era composta por: 2 porta-aviões, 1 porta-aviões leve, 9 cruzadores, 15 destroyers, 5 navios caça-minas, 2 navios lança-minas, 2 submarinos, 3 canhoneiras, 1 petroleiro, 1 hidroavião, 12 navios de transportes e 127 aviões. Foi afundado 1 porta-aviões leve, 1 destroyer, 3 navios ficaram danificados, 1 porta-aviões, 1 destroyer, 2 navios de guerra menores, 1 navios de transporte. Foram abatidos 92 aviões e sofreram 966 mortos. Foi a primeira batalha naval entre japoneses e americanos na Guerra do Pacífico.
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Batalha de Midway

Batalha de Midway foi uma batalha aeronaval travada em Junho de 1942 no Oceano Pacífico entre as forças dos Estados Unidos e do Japão durante a Segunda Guerra Mundial, seis meses depois do ataque japonês a Pearl Harbor, que marcou o início da Guerra do Pacífico. O resultado da batalha foi uma decisiva e crucial vitória para os norte-americanos, lembrada como o mais importante confronto naval da Segunda Guerra, marcando o ponto de virada no conflito e causando aos japoneses a perda de quatro porta-aviões e um cruzador da sua frota, além de 200 pilotos navais, na frustrada tentativa de invadir e ocupar o atol de Midway, enfraquecendo permanentemente sua capacidade de combate no mar e no ar e lhes retirando a iniciativa militar pelo resto da guerra. Foi uma das maiores batalhas navais da história.
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Batalha do Golfo de Leyte

A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de Outubro de 1944 nas águas em torno da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial. Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlatas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar. Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto de suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa.

Os japoneses então reuniram todas suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam seu objectivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas. A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque após sua derrota a Marinha Imperial Japonesa não mais teve condições de colocar em combate uma força naval significativa, e sem combustível para seus navios restantes aguardou pelo fim da guerra ancorada em suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas dos aviões kamikazes japoneses contra a frota norte-americana no teatro da Guerra do Pacífico.
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Ataque Kamikaze
 
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COURAÇADO VS PORTA-AVIÕES: o curioso afundamento do HMS Glorious


 
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