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Grupo de cidadãos exige reposição de "todos os bancos das paragens" de autocarro em Lisboa

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"Sempre tivemos o direito a sentar enquanto esperamos", defende o coletivo.

O grupo de cidadãos Infraestrutura Pública exige à Câmara Municipal de Lisboa que reponha "todos os bancos das paragens" de autocarro, que estão a ser substituídos, em dezenas de casos, por encostos.

"Sempre tivemos o direito a sentar nas paragens enquanto esperamos pelo autocarro", recorda o grupo, num documento enviado à Lusa, no qual apresenta um extenso registo fotográfico de paragens de autocarro onde recentemente os bancos foram substituídos por encostos, que classifica como "arquitetura hostil".

Assim se espera pelo autocarro em Lisboa: sem luz, em bancos altos e com obras ao lado

A mudança está a ser feita ao abrigo do novo contrato de exploração da publicidade no espaço público de Lisboa, entre a autarquia e a empresa JCDecaux, que inclui a substituição dos antigos abrigos por novos equipamentos.

"Pagamos transportes públicos, que muitas vezes estão em atraso ou são poucos ou não aparecem, e, agora, o direito a esperar sentado foi-nos roubado", denuncia o Infraestrutura Pública, que, na quarta-feira, decidiu fazer uma ação direta de protesto.

Entre as 7h30 e as 20h30, afixou um banco de madeira, por si construído, ao encosto de uma das paragens na Avenida Fontes Pereira de Melo, uma das mais movimentadas da cidade, pela qual passam centenas de pessoas diariamente.

"Foi simbólico, mas teve um efeito prático, funcional. Há muitas pessoas que estão com os corpos magoados e precisam de descansar", relatou à Lusa Marta Sternberg, membro do grupo, acrescentando que pelo banco passaram grávidas, mães com bebés de colo, crianças, idosos.

"Se a rua continua a mesma, por que é que agora não pode ter bancos? O banco não estorvou nada, só salvou o dia às pessoas", realçou.

No mês seguinte, a Junta de Freguesia da Penha de França voltou a colocar as cadeiras e mesas em falta.

"Estamos em 2024 e devíamos estar a lutar por bancos de paragens mais compridos, para sermos mais a caber, mas, não, estamos ainda a lutar pelo direito a sentar", lamenta o Infraestrutura Pública, que, em setembro do ano passado, reclamou o "direito ao sentar" na Praça Paiva Couceiro, onde o mobiliário urbano retirado durante a pandemia de covid-19 ainda não tinha sido reposto.

O Manual de Espaço Público da Câmara Municipal de Lisboa, disponível 'online', estabelece que "o abrigo deve estar equipado, pelo menos, com o seguinte mobiliário: assento; papeleira; pilaretes; chapa identificadora".

A Lusa já questionou a autarquia de Lisboa sobre esta mudança e os seus efeitos.

Correio da Manhã
 
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