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GF Ouro
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Carlos Anjos, esta semana, na sede da Comissão de Proteção às Vítimas de Crimes Violentos
Entrevista com Carlos Anjos, inspetor-chefe da Polícia Judiciária e Presidente da Comissão de Proteção às Vítimas dos Crimes Violentos. Elogia que a investigação tenha chegado aos altos quadros.
Crime económico foi durante 12 anos o alvo de Carlos Anjos, que integrou a Unidade de Combate à Corrupção. A presidir atualmente à Comissão de Proteção de Vítimas de Crimes Violentos, não esconde a sua satisfação pelas recentes detenções relacionadas com esses crimes. Defende a criação de uma polícia única de investigação criminal, com quadros da PJ, da GNR e da PSP e critica a recente proposta de um grupo de ex-governantes e académicos para colocar todas as polícias debaixo da mesma tutela política.
Como ex-inspetor chefe da UNCC, como vê este crime com tão poucas condenações?
Há muitas condenações pelos chamados crimes conexos, peculato, abuso de poder, etc., Corrupção também há algumas. O que acontece é que, por vezes, quando se abre o processo, há indícios de crime de corrupção, mas depois durante a investigação só se conseguem provar os crimes relacionados. Mas a situação está a mudar.
A que rede corrupta que usa Estado, se referia a Procuradora-Geral da República?
Não o entendi como uma rede organizada em todo o Estado, mas antes como redes setoriais, como se tem vindo a verificar nas recentes detenções de quadros do ministério da Economia, Justiça, Segurança Social, Administração Interna. E a grande diferença é que as pessoas que têm estado a ser detidas, ao contrário do que era antes, que era o fiscal da obra, ou o polícia do trânsito por exemplo, agora são diretores de serviço, presidentes de institutos e até diretores de polícia. A investigação da corrupção foi lançada para os altos quadros. Há focos de corrupção em vários ministérios. E estão a ser muito bem muito atacados.
dn