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"Há intenção de limitar partilha de vídeos dos manifestantes”: falta de acesso à Internet acabou com protestos em Maputo
ONG que fiscaliza liberdade de expressão em Moçambique diz que corte de Internet foi intencional.
A conjugação de vários fatores – uns mais naturais e outros mais surreais, digamos assim – ditou este sábado o regresso à normalidade na capital de Moçambique. O início do fim de semana, a chuva de final de dia e perto de 20 horas sem acesso à Internet nos telemóveis acabaram com os violentos protestos que marcaram os últimos dias na capital moçambicana.
O impedimento de acesso à Internet móvel, que é a única forma da maioria da população aceder à rede, continua a gerar uma onda de protesto com o candidato derrotado nas eleições e autor da proposta de dois dias de greve geral cumpridos na quinta e sexta-feira, Venâncio Mondlane, a referir no Facebook que a população poderia voltar a sua fúria para os operadores de telecomunicações e respetivas antenas. Não há uma explicação oficial para o sucedido, mas há suspeitas sobre as motivações: “Houve uma limitação intencional da velocidade da Internet. Não foi necessariamente um corte, mas a confirmação que temos é que houve uma manipulação das autoridades para que a velocidade da Internet fosse reduzida”, disse ao CM Ernesto Nhanale, diretor-executivo da MISA, uma organização não governamental que promove a liberdade de expressão na África Austral.
Nhanale lembra que a falta de acesso à Internet “acontece num contexto em que o país está em manifestações pós-eleitorais” o que indicia “uma clara intenção de limitar a circulação da informação e a partilha de vídeos dos manifestantes e isto acontece num contexto de muita censura, sobretudo na televisão e rádios públicas”.
SAIBA MAIS
INTERNET ÚLTIMO CASO EM 2023
Não foi a primeira vez que a Internet se calou misteriosamente em Moçambique. Nas eleições de 2023, o acesso à rede por via móvel foi interrompido sem explicação depois de vários protestos terem eclodido em algumas regiões do país.
NORTE BALAS REAIS
Manifestação do Podemos em Mecanhelas, província do Niassa, foi recebida a tiro pela polícia. Segundo a força política que apoia Mondlane, as forças policiais terão usado balas reais para travar os protestos contra os resultados eleitorais.
Correio da Manhã

ONG que fiscaliza liberdade de expressão em Moçambique diz que corte de Internet foi intencional.
A conjugação de vários fatores – uns mais naturais e outros mais surreais, digamos assim – ditou este sábado o regresso à normalidade na capital de Moçambique. O início do fim de semana, a chuva de final de dia e perto de 20 horas sem acesso à Internet nos telemóveis acabaram com os violentos protestos que marcaram os últimos dias na capital moçambicana.
O impedimento de acesso à Internet móvel, que é a única forma da maioria da população aceder à rede, continua a gerar uma onda de protesto com o candidato derrotado nas eleições e autor da proposta de dois dias de greve geral cumpridos na quinta e sexta-feira, Venâncio Mondlane, a referir no Facebook que a população poderia voltar a sua fúria para os operadores de telecomunicações e respetivas antenas. Não há uma explicação oficial para o sucedido, mas há suspeitas sobre as motivações: “Houve uma limitação intencional da velocidade da Internet. Não foi necessariamente um corte, mas a confirmação que temos é que houve uma manipulação das autoridades para que a velocidade da Internet fosse reduzida”, disse ao CM Ernesto Nhanale, diretor-executivo da MISA, uma organização não governamental que promove a liberdade de expressão na África Austral.
Nhanale lembra que a falta de acesso à Internet “acontece num contexto em que o país está em manifestações pós-eleitorais” o que indicia “uma clara intenção de limitar a circulação da informação e a partilha de vídeos dos manifestantes e isto acontece num contexto de muita censura, sobretudo na televisão e rádios públicas”.
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Não foi a primeira vez que a Internet se calou misteriosamente em Moçambique. Nas eleições de 2023, o acesso à rede por via móvel foi interrompido sem explicação depois de vários protestos terem eclodido em algumas regiões do país.
NORTE BALAS REAIS
Manifestação do Podemos em Mecanhelas, província do Niassa, foi recebida a tiro pela polícia. Segundo a força política que apoia Mondlane, as forças policiais terão usado balas reais para travar os protestos contra os resultados eleitorais.
Correio da Manhã