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GF Ouro
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Presidente e primeiro-ministro querem passar a imagem de concórdia, mas já não conseguem esconder os desentendimentos. A impopularidade de Hollande começa a atingir Valls, que já foi o ministro mais popular do governo
Em julho de 2010, Manuel Valls convidou François Hollande para o seu casamento. Mas o então chefe do conselho do departamento de Corrèze não foi à cerimónia, aparentemente por ainda estar a digerir o facto de o autarca de Evry o ter comparado ao odiado selecionador francês Raymond Domenech. Mal sabia o agora chefe de Estado que quatro anos depois seria obrigado a chamar o popular ministro do Interior para a chefia do governo. E que a inimizade entre ambos iria aumentar à medida que se aproximam as presidenciais de 2017.
"Hollande-Valls, ou o princípio da joint venture aplicada à política: duas empresas que se unem para conquistar um novo mercado. E que, inevitavelmente, acabam por se separar e enfrentar", escreveu o Le Monde, num artigo em que abordava a "guerra pudica" entre ambos. Apesar de publicamente quererem passar a imagem de concórdia e de união, os dois socialistas têm cada vez mais dificuldade em esconder o que os separa. E as primeiras fissuras começam a aparecer.
dn