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GF Ouro
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Corre nos blogues internacionais que François Hollande privado é muito mais ‘picante’ do que François Hollande público. O lado desconhecido do presidente francês, que muitos acusavam de ser ‘demasiado normal’, surgiu na faceta de um Don Juan no ativo, que conta no seu currículo com três das mulheres mais elegantes de França.
O caso veio a público no passado dia 10, quando a revista ‘Closer’ revelou o alegado caso de Hollande, 59 anos, com a atriz Julie Gayet, de 41. Hollande ameaçou processar a revista, mas não negou o relacionamento, e a ainda companheira oficial do presidente, Valérie Trierweiler, foi hospitalizada devido a uma crise nervosa. A mesma Valérie que durante a campanha para as presidenciais protagonizou cenas de ciúmes devido à proximidade de Hollande com Ségolène Royale, sua primeira mulher e mãe dos seus quatro filhos.
Mas, afinal, qual é o segredo deste homem de aspeto banal, o presidente francês com maior índice de impopularidade (72%) e eternamente solteiro?
PACATO E BOM OUVINTE
Já em 2012, dizia Julie Gayet, com ar lânguido, num vídeo de apoio à campanha presidencial do socialista, que o melhor atributo de Hollande era "saber ouvir". O ingrediente parece ter dado certo, pois segundo a ‘Closer’ o presidente francês há já uns meses que se escapulia de moto para um apartamento na rue du Cirque, em Paris, onde pernoitava com a bela atriz. Para confirmar o caso, que a diretora da revista garantiu ser "do conhecimento de muitos no meio político", foram publicadas fotos de Hollande usando um capacete, que só tirava ao entrar no prédio, e noticiado que, pela manhã, o segurança levava croissants para o pequeno-almoço do casal.
Na terça-feira, na conferência de imprensa anual, Hollande não conseguiu fugir ao tema. Apesar de dirigir o discurso para o emprego, a economia e a Europa, acabou por responder que "os assuntos privados se tratam em privado", admitiu "estar a passar momentos difíceis" e prometeu esclarecer o futuro da primeira-dama antes da viagem presidencial aos Estados Unidos, a 11 de fevereiro, acrescentando que os gastos do governo com esse posto devem ser os "menores possíveis".
A MULHER DO PRESIDENTE
A questão é saber agora quem ficará ao lado de Hollande. E, segundo várias publicações, Julie Gayet está bem posicionada. Separada do cineasta argentino Santiago Amigorena, com quem casou em 2003 e de quem tem dois filhos, a atriz não poupa elogios ao presidente francês.
Apoiante do Partido Socialista, protagonizou um vídeo para a campanha presidencial de 2012, em que elogiou a personalidade de Hollande, declarando que ele "manteve as convicções e retidão desde o primeiro dia. Essa constância é muito forte. O que ele diz, ele faz", destacava.
A proximidade da atriz a Hollande é agora recordada por muitos. Numa entrevista de divulgação do filme ‘Les âmes de Papier’ Stéphane Guillon, que contracena com Gayet na fita, afirmou que o casal presidencial "assistia muitas vezes às gravações. Hollande gosta muito do filme. A sua mulher, menos".
Certo é que Julie Gayet parece talhada para estar ao lado do poder. Nasceu numa família rica de Suresnes (o pai é cirurgião e a mãe negoceia antiguidades), estudou interpretação em Londres e de regresso a França destacou-se na comédia. Em 1997, recebeu o Prémio Romy Schneider (esperança do cinema francês) pelo desempenho em ‘Hotel Select’, e em 1999 o Prémio de Melhor Atriz no Festival de Cinema Internacional de Tóquio. Despudorada em cena, fez de lésbica e diplomata e despiu-se em dois filmes. Entretanto, devido à exposição do caso com Hollande e "a título excecional", a ministra da Cultura anulou a nomeação de Gayet para júri de Villa Medici, a Academia Francesa em Roma. O cargo não é remunerado, mas tem grande prestígio cultural.
VIDA PRIVADA
Num país onde é tradição não esmiuçar a vida privada das figuras públicas, 77% dos franceses admitem que o caso "só a Hollande diz respeito", revela um inquérito do ‘Journal du Dimanche’. E mesmo a opositora de extrema-direita, Marie Le Pen, frisou ser "a favor do respeito pela vida privada, seja de quem for".
François Hollande nasceu em França em 1954, filho de um médico e de uma assistente social, estudou Política e Administração na ENA, escola frequentada pela elite francesa, onde conheceu Ségolène Royale, com quem manteve uma relação aberta e de quem tem quatro filhos. Nascida no Senegal em 1953, filha de um militar de carreira, elegante, discreta e líder na relação com o eleitorado socialista, Ségolène sempre roubou protagonismo a Hollande. Em 2007 concorreu contra Sarkozy à presidência da França, perdeu e nesse ano o casal anunciou a separação. Afinal havia outra e desde 2005 que Hollande mantinha um caso com Valérie Trierweiler, jornalista do ‘Paris Match’, arrojada e conhecida por ‘rottweiler’, pela agressividade das entrevistas.
PAPEL OBSOLETO
A relação entre os dois foi anunciada em 2010 e Valérie apareceu ao lado do socialista na campanha para as presidenciais.
Nascida em Angers em 1965, numa família humilde, Valérie estudou História e Ciências Políticas na Sorbonne, e após um caso falhado casou com o jornalista Trierweiler, de quem tem três filhos. Divorciada do segundo marido, de quem mantém o apelido, assegurava não pretender um matrimónio com Hollande apenas por protocolo. Foi a primeira mulher a ocupar o posto de primeira-dama sem ser casada com o presidente, tinha um gabinete no Eliseu e um staff oficial de cinco pessoas e foi nessa condição que acompanhou Hollande na visita oficial ao Brasil. A própria confessou à revista ‘Femme Actuelle’ que "adorava escutar François" e, segundo fonte do diário britânico ‘The Telegraph’, estava disposta a "perdoar a traição, exigindo apenas clarificar o seu papel".
No entanto, François Rebsamen, socialista e amigo de Hollande, fez saber que a ideia de primeira-dama é obsoleta. "François Hollande disse numa ocasião que uma pessoa é eleita e pode viver sozinha, ser solteira, viver com outro homem ou mulher. Isso não tem importância", declarou à rádio RTL. Valérie já retirou o título de primeira-dama da sua conta no Twitter.
cm