- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 48,104
- Gostos Recebidos
- 1,135

Um homem alemão de 62 anos foi, contra a orientação médica, vacinado 217 vezes contra a Covid-19, no espaço de 29 meses.
Ao que noticia a BBC News, o caso bizarro, que ocorreu ao longo da pandemia da Covid-19 e ganhou repercussão uma vez que o homem tomou as vacinas por conta própria, fora de um contexto de estudo clínico e contra as recomendações de vacinação do país, segundo está documentado na revista The Lancet Infectious Diseases.
Ao saber do caso, os cientistas entraram em contacto com o homem para tentar entender como o sistema imunológico humano reage à vacinação em excesso. De acordo com os investigadores da Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, o homem parece não ter sofrido efeitos nocivos.
"Soubemos do caso dele através de artigos de jornal. Entrámos, então, em contato com ele e convidámo-lo a fazer vários testes em Erlangen. Ele estava muito interessado em fazê-lo", revelou Kilian Schober, do departamento de microbiologia da universidade.
O alemão tem, pelo menos, 134 comprovativos de vacinação e recebeu oito tipos diferentes de vacinas, incluindo as de mRNA disponíveis. A Alemanha chegou a abrir uma investigação de fraude contra o homem, mas não foram apresentadas acusações criminais contra o mesmo.
"Nós mesmos pudemos recolher amostras de sangue quando o homem recebeu uma nova vacina durante o estudo por sua própria insistência. Conseguimos usar essas amostras para determinar exatamente como o sistema imunológico reage à vacinação", afirmou Schober.
O cientista suspeitava que o acumular de doses poderia causar a fadiga das células imunológicas, tornando-as menos eficazes depois de se habituarem aos antigénios das vacinas. No entanto, não foi encontrada nenhuma evidência disso no homem de 62 anos.
Além disso, não havia sinal de que ele alguma vez tivesse sido infetado pela Covid-19.
Outros testes indicaram ainda que não houve alteração na eficácia do sistema imunológico contra outros vírus, chegando os cientistas à conclusão de que o excesso de vacinação não danificou o sistema imunológico do paciente.
No entanto, os cientistas lembram que este é um caso único e os resultados não são suficientes para tirar conclusões e muito menos fazer recomendações ao público em geral. "É importante ressaltar que não aprovamos o excesso de vacinação como estratégia para aumentar a imunidade adaptativa", referiu.
"A investigação atual indica que uma vacinação de três doses, juntamente com vacinas complementares regulares para grupos vulneráveis, continua a ser a abordagem preferencial. Não há indicação de que sejam necessárias mais vacinas", afirmam os investigadores.
IN:NM