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Homem internado há 33 anos em hospital do Brasil nunca foi identificado

Lordelo

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Um homem não identificado está internado há 33 anos num hospital psiquiátrico em Espírito Santo, no Brasil. O paciente foi apelidado como 'Aparecido Nascimento' a 4 de novembro de 1991, o dia em que chegou ao centro hospitalar.






De acordo com o G1, os médicos decidiram retomar as buscas pela família do homem depois de se ter tornado pública a morte de Clarinha, uma mulher que esteve internada durante 24 anos e que nunca chegou a ser identificada.


'Aparecido' foi levado ao hospital por um grupo de moradores de um bairro nas proximidades, uma vez que o homem andava há vários dias a deambular pelas ruas.


Quando foi internado tinha entre 28 e 30 anos, segundo revelaram os exames ósseos realizados na época. O homem tinha um défice cognitivo e apenas respondia "mamã" e "papá" às perguntas que lhe eram colocadas. Não sabia diz como se chamava e uma médica chamou-lhe 'Aparecido Nascimento', nome que mais tarde lhe foi oficialmente dado judicialmente.


O homem não tinha qualquer documento quando foi encontrado e acabou por ficar internado internado até agora, sem que nunca fossem localizados os seus familiares.


Após 33 anos, o homem continua internado no hospital psiquiátrico. Chegou a frequentar uma associação e um centro de convívio e, atualmente, sai à rua para passear duas vezes por semana. "No hospital, qualquer tipo de comemoração, como o aniversário dos funcionários, ele participa. Tudo isso ajuda-o muito na questão do convívio, ele gosta e fica feliz”, contou a assistente social Taismane Clarice.


Aparecido tem diabetes, hipertensão e complicações gastrointestinais. Ao longo dos anos foi vários vezes submetido a cirurgias, passou por alguns internamentos noutros hospitais e teve ainda Covid-19.


Atualmente, Aparecido tem entre 61 e 62 anos. Para além de "mamã" e "papá" nunca pronunciou qualquer palavra. Apesar de não saber ler e escrever, Aparecido desenha e pinta.


“Ele é carinhoso, reconhece os funcionários, manda beijo, faz coração, demonstra que está irritado. É como se fosse uma criança que está a aprender a comunicar. Aponta para o punho, como se fosse um relógio, para dizer que quer passear”, disse ainda Taismane.

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