kokas
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O Tribunal de Braga condenou, esta sexta-feira, a 21 anos de prisão e 190 mil euros de indemnização Filipe Amorim, acusado de ter morto à facada a sua companheira Maria da Luz, professora de Geografia em Terras de Bouro, no interior do apartamento em Braga, em maio de 2012.
Os juízes, assim como os jurados, consideraram que o crime, cometido com oito facadas, decorreu num cenário de violência extrema e com uma ilicitude elevadíssima. "A vítima tentou defender-se e não teve morte imediata. Caminhou pelo próprio sangue", relatou a juíza.
O caso aconteceu no dia 10 de maio de 2012 e só no dia a seguir, depois do alerta dado por colegas de Maria da Luz, é que foi revelado o cenário de horror no apartamento, em Maximinos, onde vivia Maria da Luz. "Esteve mais de 24 horas junto ao corpo de Maria da Luz. Tentou esconder o carro desta, levou o filho à creche e simulou quatro tentativas de suicídio: com veneno dos ratos, comprimidos, eletrocussão e com a mesma faca com que praticou o crime", descreveu o tribunal, que considerou ainda, que Filipe Amorim não sofre de nenhuma perturbação psíquica.
O tribunal pretende ainda retirar a Filipe Amorim, natural de Matosinhos e com 35 anos idade, a paternidade do filho, que, na altura do crime, tinha dois anos de idade. "Você não merece ser o pai desta criança", disse a juíza, que quer agora ver este processo avançar no Tribunal de Monção.
Tese esta tentada pela defesa que já anunciou que vai recorrer da sentença.
jn