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Notícias Homem sobrevive quase 6 meses com transplante de fígado de porco na China

Lordelo

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"Este caso demonstra que um fígado de porco geneticamente modificado pode funcionar em humanos durante um período prolongado", disse um dos autores da descoberta e investigador do Departamento de Cirurgia Hepatobiliar da Universidade de Tecnologia de Anhui, Beicheng Sun, em comunicado.


O homem transplantado sofria de cirrose (condição em que o fígado deixa de funcionar corretamente) e de cancro do fígado, sendo que as doenças impediam a ressecção ou um transplante de fígado humano.


O transplante não foi concebido como um tratamento curativo para o cancro, mas como uma estratégia de suporte para prevenir o mau funcionamento do fígado, após a remoção do tumor, destacando que o fígado original era insuficiente.


Os cirurgiões implantaram no paciente um enxerto (uma parte de um fígado) de um porco pequeno da raça Diannan, com edição genética para melhorar a compatibilidade imunológica e de coagulação (processo natural do corpo para impedir a perda excessiva de sangue quando um vaso sanguíneo é danificado).


O transplante produziu bílis, que ajuda na digestão de gorduras e na absorção de nutrientes, mantendo a coagulação sanguínea normal, sem sinais de rejeição do órgão, indicaram os investigadores.


No 38º dia, o enxerto foi removido devido ao desenvolvimento de microangiopatia trombótica, um grupo de doenças graves associado ao transplante, causada pela ativação do complemento e pela lesão do endotélio, a camada de células que reveste os vasos sanguíneos.


O tratamento com bloqueadores do sistema imunológico e troca de plasma (sangue) resolveu a complicação, sendo que o doente sofreu episódios repetidos de hemorragia gastrointestinal nos dias seguintes e faleceu no 171º dia.


Beicheng Sun destacou que ainda é preciso superar obstáculos, principalmente a "desregulação da coagulação e as complicações imunológicas" causadas pelo transplante.


De acordo com a EFE, é o primeiro transplante auxiliar de fígado realizado de um porco geneticamente modificado para um recetor humano vivo, sendo este auxiliar porque o fígado do doente não foi completamente removido.


Já foram realizados outros transplantes com órgãos suínos, sendo que, em abril de 2025, Towana Looney, de 50 anos, do Alabama, nos EUA fez um transplante de rim de porco que durou quatro meses, antes da rejeição do órgão levar à sua remoção.

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