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Os homens poderão precisar de praticar o dobro da atividade física do que as mulheres para conseguir os mesmos benefícios cardiovasculares, sugere um novo estudo.
A pesquisa, publicada no dia 27 de outubro pela Nature Cardiovascular Research, destaca as claras diferenças baseadas no sexo na forma como influenciam a saúde do coração - e aponta para a necessidade de se fazerem adaptações ao nível da saúde pública que tenham em conta essas mesmas diferenças.
Por outro lado, indicam os investigadores, embora as mulheres consigam obter maiores benefícios da atividade física, estas também são menos propensas a cumprirem os níveis de exercício recomendados.
Assim, é essencial que ambos os sexos mereçam atenção, pois revelam desafios diferentes.
Os homens precisam de fazer o dobro do exercício físico do que as mulheres
Para o estudo, os investigadores analisaram 85 mil participantes focando-se no impacto que o exercício tinha na prevenção na Aterosclerose. A maioria dos participantes, cerca de 80 mil, não tinha esta doença, ao contrário dos restantes 5 mil.
As mulheres que faziam a atividade física mínima recomendada tinham 22% menos de probabilidade de desenvolver Aterosclerose, enquanto que no caso dos homens os valores ficaram-se nos 17%.
Os números para as mulheres sobe para os 30% se praticarem 250 minutos de exercício físico por semana. Para conseguirem esta percentagem os homens terão de praticar mais do dobro do exercício - cerca de 530 minutos por semana, revela o estudo.
No grupo diagnosticado com a doença a discrepância era ainda maior. O risco de morte diminuía 70% em mulheres ativas, enquanto que nos homens apenas 19%.
Porque é que as mulheres são mais beneficiadas pelo exercício físico?
Não se conseguiu concluir porque é que os benefícios são diferentes para as mulheres e para os homens, mas os investigadores sugerem diferentes explicações.
Uma está relacionada com o estrogénio, que circula em maiores quantidades nas mulheres. Esta hormona tem grandes efeitos no sistema cardiovascular e, geralmente, é considerada como protetora do coração. Inclusive, a queda do estrogénio que acontece na menopausa é considerado um fator de risco na saúde do coração.
Diferenças de sexo à parte, os investigadores alertam para o facto de muitas pessoas não fazerem exercício físico ou de a quantidade ser muito reduzida.
O que é a Aterosclerose?
Segundo o website da rede de saúde CUF, a Aterosclerose "é uma doença das artérias elásticas, de grande e médio calibre, e das artérias musculares e caracteriza-se pela presença de lesões com aspeto de placas (ateromas)".
A doença começa a manifestar-se em idade jovens e "tem um longo período de gestação silenciosa, pelo que se torna necessária a adoção de medidas preventivas que controlem os elementos de risco durante a infância e a adolescência".
Normalmente não apresenta quaisquer sintomas até ao funcionamento de sangue por um órgão ser reduzido, pelo que exige uma vigilância cuidada.
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