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A administração diz tratar-se de um "mal-entendido" e garantiu que recua "totalmente" nessa decisão caso os médicos façam questão.
Os chefes da Urgência do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) ameaçam demitir-se na segunda-feira caso se mantenham as alterações introduzidas em maio no regulamento daquele serviço, mas a administração diz tratar-se de um "mal-entendido".
O conflito entre os 17 chefes médicos chefes da Urgência e a administração, como avançou hoje o DN, resulta de algumas medidas contempladas no novo regulamento da Urgência, nomeadamente, a equiparação dos coordenadores de enfermagem aos médicos no que respeita a decisões como a transferência de doentes e a validação de ambulâncias.
Em declarações à Lusa, o administrador do CHA, Pedro Nunes, garantiu que recua "totalmente" nessa decisão caso os médicos façam questão de serem eles a autorizar a validação de ambulâncias, embora considere que essa tarefa é um "ato administrativo" e não um ato médico, pelo que pode ser atribuída a outros profissionais, não sobrecarregando os médicos.
No abaixo-assinado entregue pelos chefes da Urgência à administração, datado de 26 de maio e publicado no sítio de Internet do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), os médicos manifestam-se contra a "chefia bicéfala" estabelecida no regulamento e criticam que seja equiparada, "em absoluto pé de igualdade", a autoridade do chefe de equipa e do enfermeiro de coordenação.
Segundo disse à Lusa João Dias, dirigente sindical do SIM, a medida de atribuir os mesmos poderes, nessa matéria, a ambos os profissionais, "não faz qualquer sentido" e pode mesmo colocar em risco a assistência aos doentes, uma vez que a autorização de uma ambulância "não é assim tão simples", sobretudo se o enfermeiro coordenador não estiver a ver o doente.
dn