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Hugo Chávez ameaça nacionalizar bancos que não financiem projectos públicos

florindo

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Hugo Chávez ameaça nacionalizar bancos que não financiem projectos públicos

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, instou na terça-feira a banca privada venezuelana a financiar projectos do sector público, advertindo que poderá nacionalizar os organismos financeiros que não cumpram a lei.

«Se não querem cumprir a lei, vamos fazer com que a cumpram, ou nacionalizamos esses bancos. Eu não tenho nenhum problema com isso, que cumpram e mais nada, esse sim é o meu problema», disse.

Num longo Conselho de Ministros transmitido em directo pela estação estatal Venezuelana de Televisão, o presidente da Venezuela explicou que «a banca tem recursos equivalentes ao orçamento (de Estado) de um ano e está obrigada a financiar projectos públicos e privados».

«Se aqui há bancos privados que não podem cumprir com o financiamento de projectos de pequenos produtores, venham a mim que tenho flor, nós não podemos continuar fazendo o papel de tontos», disse ao pedir ao presidente do Banco Central da Venezuela, Nelson José Merentes Díaz, para preparar um programa de investimentos para a banca privada.

«Quero um plano de investimentos da banca pública e privada para este ano e para o próximo, banco por banco», disse, sublinhando que o financiamento de projectos não pode ser realizado só pelo Estado, «a banca pública e privada tem o dever de colaborar».

Desde que em 1999 assumiu o poder, o presidente Hugo Chávez nacionalizou 13 instituições financeiras, entre elas o Banco de Venezuela, detentor de 28 por cento do negócio financeiro local, defendendo que a actividade financeira é um «serviço público» e como tal «de utilidade pública».

A legislação venezuelana obriga os bancos a destinar uma percentagem do capital para créditos e contempla sanções económicas para os casos de incumprimento.

Além de alguns bancos, foram também nacionalizadas empresas de sectores considerados estratégicos como a exploração petrolífera, produção eléctrica, agrícola, siderurgia, construção, produção e distribuição de alimentos, entre outros.


Lusa/SOL
 
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