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Situada no extremo ocidental do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, a Ilha do Faial está separado da Ilha do Pico por um estreito de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura - o Canal do Faial. Tem uma área de 172,43 km² e uma população residente de 15 063 habitantes (em 2001). Em 1924, Raúl Brandão chamou-a de "Ilha Azul" devido à grande quantidade de hortênsias (localmente chamados de novelos) que florescem ao longo das estradas, nos meses de Verão. Dispõe de um moderno Aeroporto Internacional, com ligações aéreas regulares inter-ilhas e directas com Lisboa, bem como de diversas ligações marítimas inter-ilhas.
Com uma forma quase pentagonal, a ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Pico, denominada Fractura Faial Pico, uma estrutura do tipo transformante leaky que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.
As suas elevações convergem, de um modo geral, para o centro da ilha onde se ergue uma montanha vulcânica chamada de Cabeço Gordo, que atinge uma altitude máxima de 1 043 metros no seu bordo Sul. No seu topo, abre-se uma grande cratera de abatimento – a Caldeira. No seu fundo, situado a cerca de 570 metros acima do nível médio do mar, existe pequeno cone e onde se forma pequenos lagos.
Geologicamente, a Ilha do Faial compreende 3 grandes divisões.
Período Pré-Caldeira
Pertence ao "período Pré-Caldeira", o complexo vulcânico da Ribeirinha datado em 800 mil anos. É a parte mais antiga da ilha. Depois surge o complexo vulcânico dos Cedros, datado em 580 mil anos. Entre 400 mil anos até há 10 mil anos, foi-se desenvolvendo um cone vulcânico de tipo escudiforme, essencialmente constituido por derrames lávicos e uma actividade eruptiva predominantemente efusiva.
Em resultado de uma importante actividade tectónica e vulcânica fissural, surgiu à cerca 50 mil anos, o Relevo Falhado da Costa Este. É bastante notório um relevo falhado com levantamento (horst; localmente chamados de Lombas) e afundamento (graben) de blocos rochosos visíveis. Em resultado disso, surgiram vários cones periféricos com derrames lávicos.
Formação da Caldeira
Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo, quase exclusivamente explosiva, responsável pelos vastos depósitos de pedras-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. A formação da Caldeira parecer ter resultado de 2 episódios de colapso. O primeiro acontecimento ocorreu no seu interior. O segundo acontecimento foi originado por um violenta erupção do tipo pliniana, ou seja, houve libertação de uma "nuvem ardente". O abatimento da cratera terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois dessa erupção.
Após esta erupção, mais de 40% da superfície da ilha de então, são cobertos por camadas de materiais piroclásticos para Norte e Leste. A maior parte da cobertura vegetal, senão a sua totalidade, foi destruída. Surgiram várias exurradas que resultaram de precipitação intensa (resultante da condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera), do relevo íngreme e da inconsistência do solo. Poderá encontrar nas falésias da Praia do Norte, vestígios das mesmas.
Posteriormente, há cerca cerca de mil anos, ocorreu nova erupção com derrame lávico no interior da Caldeira. Desconhece-se qual a idade do pequeno cone no seu interior, e se este, estará relacionado com o complexo vulcânico do Capelo. A Caldeira é constituia por um acumulamento de materiais de projecção – de pedra pomes e cinzas, que atingem notável espessura nas proximidades na borda da cratera, diminuindo gradualmente à medida que se afastam da cratera central.
Segundo a descrição dada pelo Padre Gaspar Frutuoso (1570-1580), a Caldeira manteve-se práticamente idêntica até à Erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957. No decurso da Crise Sísmica de Maio de 1958, abriram fendas no seu interior que romperam a impermealização do fundo da Caldeira. Este facto levou ao escoamento de suas águas para interior do cone central desencadeando violentas explosões freáticas e ocorrência de actividade fumarólica temporária. Em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998, deram-se derrocadas nas paredes quase verticais da cratera.
Período Pós-Caldeira
Pertence a este período o complexo vulcânico do Capelo, datado em 4/5 mil anos. Em resultado de uma importante actividade vulcânica fissural ao longo de uma linha de factura, surgiu um alinhamento de cones. Aqui se registaram 2 erupções históricas que destruiram as freguesias do Capelo e da Praia do Norte:
erupção do Cabeço do Fogo, em 1672-73.
erupção na Ponta dos Capelinhos, em 1957-58.
aparecimento de fumarolas no Fundo da Caldeira (Vulcão Central), em 1957.
Durante o Século XX, a ilha registou fortes sismos em 31 de Agosto de 1926, em 13 de Maio de 1958 (associado à erupção dos Capelinhos), em 23 de Novembro de 1973 e o de 9 de Julho de 1998.
[editar] Erupção vulcânica submarina
Segundo informações prestadas por alguns pescadores apontam para a ocorrência de uma erupção vulcânica submarina a 22 de Julho de 2007, num segmento próximo da Crista Média-Atlântica, a cerca de 180 km a sudoeste da Ponta da Capelinhos, na Ilha do Faial. O evento foi detectado a partir do sonar de uma embarcação, tendo na ocasião sido recolhidos alguns cabos com vestígios de terem estado expostos a altas temperaturas.
O Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, que conjuntamente com o Departamento de Oceanografia e Pescas (sigla DOP), informou que esta ocorrência não tem sido acompanhada por qualquer actividade sísmica registada nas estações do arquipélago, face à baixa magnitude dos eventos que normalmente se encontram associados a estes fenómenos e à distância a que o episódio se desenvolve.
Fonte: wikipédia
Com uma forma quase pentagonal, a ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Pico, denominada Fractura Faial Pico, uma estrutura do tipo transformante leaky que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.
As suas elevações convergem, de um modo geral, para o centro da ilha onde se ergue uma montanha vulcânica chamada de Cabeço Gordo, que atinge uma altitude máxima de 1 043 metros no seu bordo Sul. No seu topo, abre-se uma grande cratera de abatimento – a Caldeira. No seu fundo, situado a cerca de 570 metros acima do nível médio do mar, existe pequeno cone e onde se forma pequenos lagos.
Geologicamente, a Ilha do Faial compreende 3 grandes divisões.
Período Pré-Caldeira
Pertence ao "período Pré-Caldeira", o complexo vulcânico da Ribeirinha datado em 800 mil anos. É a parte mais antiga da ilha. Depois surge o complexo vulcânico dos Cedros, datado em 580 mil anos. Entre 400 mil anos até há 10 mil anos, foi-se desenvolvendo um cone vulcânico de tipo escudiforme, essencialmente constituido por derrames lávicos e uma actividade eruptiva predominantemente efusiva.
Em resultado de uma importante actividade tectónica e vulcânica fissural, surgiu à cerca 50 mil anos, o Relevo Falhado da Costa Este. É bastante notório um relevo falhado com levantamento (horst; localmente chamados de Lombas) e afundamento (graben) de blocos rochosos visíveis. Em resultado disso, surgiram vários cones periféricos com derrames lávicos.
Formação da Caldeira
Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo, quase exclusivamente explosiva, responsável pelos vastos depósitos de pedras-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. A formação da Caldeira parecer ter resultado de 2 episódios de colapso. O primeiro acontecimento ocorreu no seu interior. O segundo acontecimento foi originado por um violenta erupção do tipo pliniana, ou seja, houve libertação de uma "nuvem ardente". O abatimento da cratera terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois dessa erupção.
Após esta erupção, mais de 40% da superfície da ilha de então, são cobertos por camadas de materiais piroclásticos para Norte e Leste. A maior parte da cobertura vegetal, senão a sua totalidade, foi destruída. Surgiram várias exurradas que resultaram de precipitação intensa (resultante da condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera), do relevo íngreme e da inconsistência do solo. Poderá encontrar nas falésias da Praia do Norte, vestígios das mesmas.
Posteriormente, há cerca cerca de mil anos, ocorreu nova erupção com derrame lávico no interior da Caldeira. Desconhece-se qual a idade do pequeno cone no seu interior, e se este, estará relacionado com o complexo vulcânico do Capelo. A Caldeira é constituia por um acumulamento de materiais de projecção – de pedra pomes e cinzas, que atingem notável espessura nas proximidades na borda da cratera, diminuindo gradualmente à medida que se afastam da cratera central.
Segundo a descrição dada pelo Padre Gaspar Frutuoso (1570-1580), a Caldeira manteve-se práticamente idêntica até à Erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957. No decurso da Crise Sísmica de Maio de 1958, abriram fendas no seu interior que romperam a impermealização do fundo da Caldeira. Este facto levou ao escoamento de suas águas para interior do cone central desencadeando violentas explosões freáticas e ocorrência de actividade fumarólica temporária. Em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998, deram-se derrocadas nas paredes quase verticais da cratera.
Período Pós-Caldeira
Pertence a este período o complexo vulcânico do Capelo, datado em 4/5 mil anos. Em resultado de uma importante actividade vulcânica fissural ao longo de uma linha de factura, surgiu um alinhamento de cones. Aqui se registaram 2 erupções históricas que destruiram as freguesias do Capelo e da Praia do Norte:
erupção do Cabeço do Fogo, em 1672-73.
erupção na Ponta dos Capelinhos, em 1957-58.
aparecimento de fumarolas no Fundo da Caldeira (Vulcão Central), em 1957.
Durante o Século XX, a ilha registou fortes sismos em 31 de Agosto de 1926, em 13 de Maio de 1958 (associado à erupção dos Capelinhos), em 23 de Novembro de 1973 e o de 9 de Julho de 1998.
[editar] Erupção vulcânica submarina
Segundo informações prestadas por alguns pescadores apontam para a ocorrência de uma erupção vulcânica submarina a 22 de Julho de 2007, num segmento próximo da Crista Média-Atlântica, a cerca de 180 km a sudoeste da Ponta da Capelinhos, na Ilha do Faial. O evento foi detectado a partir do sonar de uma embarcação, tendo na ocasião sido recolhidos alguns cabos com vestígios de terem estado expostos a altas temperaturas.
O Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, que conjuntamente com o Departamento de Oceanografia e Pescas (sigla DOP), informou que esta ocorrência não tem sido acompanhada por qualquer actividade sísmica registada nas estações do arquipélago, face à baixa magnitude dos eventos que normalmente se encontram associados a estes fenómenos e à distância a que o episódio se desenvolve.
Fonte: wikipédia