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GF Ouro
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BioBots já tem 50 impressoras a funcionar em todo o mundo. Há negociações com equipas de investigação portuguesas.
Em Portugal, um doente que precise de um transplante renal pode estar três a cinco anos na lista de espera ativa. Muitos não conseguem um dador vivo compatível e precisam de aguardar por um dador cadáver, havendo quem não seja sequer candidato viável para tal. E se fosse possível imprimir um rim, em vez de esperar por um dador? Há anos que investigadores médicos trabalham na reprodução de células humanas em laboratório, criando vasos sanguíneos, ureteres e outros tecidos vivos à mão e com dispositivos muitos caros. Agora, a startup BioBots quer revolucionar a área com uma impressora de tecido humano por 10 mil dólares (8,9 mil euros), que acaba de ser lançada no mercado.O que a BioBots decidiu fazer foi usar o conceito das impressoras 3D e aplicá-lo num aparelho que combina hardware, software e materiais orgânicos. A área tem avançado - em 2011, cirurgiões suecos conseguiram transplantar uma traqueia artificial criada fora do corpo da doente com as suas células estaminais. Dois anos depois, um grupo de cientistas em Boston procedeu ao primeiro transplante bem sucedido de um rim criado em laboratório para um ser vivo, um rato. Mas o conceito de impressão 3D, com um aparelho tão barato, é inovador."Produzimos tecnologias que permitem aos investigadores conduzir pesquisas e testar aplicações, por exemplo em ambiente de pré-ensaio clínico, a testar um novo medicamento, ou para estudar problemas funcionais do corpo humano com um modelo tridimensional", explica ao DN Connor McKnight, diretor de marketing da BioBots. "Isso permite-lhes estudar estruturas nos tecidos que anteriormente não se conseguiam replicar em 3D no laboratório." Estas impressões poderão ser usadas para testar novos medicamentos e produtos, evitando cobaias animais ou testes primários em humanos.
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