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Inseto não-voador gigante viveu durante 80 anos incógnito numa pequena ilha da Austrá

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In Memoriam
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Set 22, 2006
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O Dryococelus australis desapareceu em 1920 da ilha de Lord Howe, que se pensava ser o seu único local de ocorrência, dizimado pelas populações introduzidas de rato-preto, mas o inseto-pau gigante sobreviveu numa a ilha de Ball’s Pyramid, um maciço rochoso isolado, debaixo do único arbusto de Melaleuca sp aí existente, onde foi redescoberto em 2001.

A história de um inseto de tamanho extraordinário, que se pensava ter sido extinto na primeira metade do século XX pode, afinal, ter um final feliz.
O Dryococelus australis é um inseto-pau gigante que, devido ao seu exosqueleto duro e 6 patas foi apelidado de lagosta arborícola (tree lobster, em inglês) pela população da ilha australiana de Lord Howe, que se pensava ser o seu único local de ocorrência.
O inseto gigante vivia nesta ilha remota em 1918 quando o naufrágio de um navio proveniente da Grã-Bretanha trouxe até às ilhas um conjunto de ratos-pretos (Rattus rattus), espécie invasora que no espaço de dois anos se tinha propagado por toda a ilha e dizimado o Dryococelus australis, que rapidamente identificou como presa, e que veio a ser dada como extinta em 1960.
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No entanto, em 2001 constatou-se que, afinal, este inseto-pau extraordinariamente grande, não tinha desaparecido da face da Terra porque existia uma pequena população na diminuta ilha de Ball’s Pyramid.


Trata-se de um árido e íngreme maciço rochoso isolado no mar a cerca de 21 km da ilha de Lord Rowe que possui um único arbusto de Melaleuca sp sob o qual foram encontrados 24 animais numa expedição que visitou o rochedo tendo como objetivo a confirmação dos rumores de que o inseto-pau gigante poderia aí sobreviver.
Uma nova expedição dois anos mais tarde revelou que aqueles 24 animais eram os únicos sobreviventes da espécie. Perante a constatação que a espécie se encontrava à beira da extinção, foi delineada uma operação de salvamento que envolvia a reprodução em cativeiro.
Depois de muita insistência o governo australiano deu a autorização para que o projeto avançasse tendo sido escolhidos 4 animais para se reproduzirem fora da ilha e sob os cuidados atentos de técnicos especializados.
Dois destes animais morreram rapidamente e a fêmea do segundo casal também parecia que teria o mesmo destino, mas a dedicação do responsável da unidade de reprodução em cativeiro de invertebrados do Zoo de Melbourne evitou o pior.

A fêmea recuperou e produziu os primeiros ovos que foram incubados e deram origem à população do parque zoológico que desde então se tem reproduzido de forma consistente – em 2008 era constituída por 700 adultos e havia 11 376 ovos em processo de incubação.
A operação de salvamento terminaria com a reintrodução da espécie na ilha de Lord Rowe após a erradicação das ratazanas. No entanto, tal está dependente da aprovação por parte da população local, tendo-se iniciado um processo de sensibilização que envolveu a realização de um pequeno vídeo que retrata o processo de eclosão de um inseto-pau do ovo, a que pode assistir.

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