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O colectivo de juízes da 2.ª Vara Criminal do campus da Justiça, em Lisboa, vai ouvir, hoje, a mãe de uma das vítimas e dois inspectores da PJ envolvidos no caso de espionagem sobre cidadãos.
Os dois inspectores da Polícia Judiciária (PJ) que estão a ser julgados por suspeita de terem participado num esquema de vigilância e espionagem sobre cidadãos estiveram suspensos, mas continuam a trabalhar na PJ, indicou a instituição.
Quando surgiu este caso, ambos os inspectores, que ocupam funções na Unidade de Informação e Investigação Criminal da PJ, foram transferidos do serviço onde trabalhavam, a Unidade de Prevenção e Apoio Tecnológico, adiantou à agência Lusa uma fonte do gabinete de relações públicas da Polícia Judiciária.
Trata-se do caso de um professor universitário, Mário Miguel Mendes, que se fazia passar por mulher, aliciando homens na Internet, com quem mantinha relações amorosas virtuais. Quando os homens se cansavam e desistiam da relação, passava a infernizá-los, presumivelmente com intuito de vingança.
Para o auxiliar na sua actividade persecutória, o professor terá contratado dois detectives privados, dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e dois inspectores da PJ - todos arguidos -, os quais terão feito vigilância às vítimas, fornecendo dados que depois o professor utilizava nas comunicações com estas, para as ameaçar e amedrontar.
Além do professor, dos dois inspectores da PJ e dos dois agentes da PSP, estão a ser julgados também dois detectives privados, um motorista e um desempregado.
Todos terão colaborado com o professor fornecendo, a troco de dinheiro, informações sobre as vítimas.
Lusa/SOL