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[h=2]Investigadores do Porto relacionam ausência de estômago em alguns vertebrados com a perda de determinados genes, resolvendo enigma com mais de 150 anos
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Filipa Alves
Investigadores do CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Universidade do Porto) relacionaram a ausência de estômago em alguns vertebrados com a perda de determinados genes, revela a instituição em comunicado. O estudo, que resolve enigma evolutivo com mais de 150 anos, foi publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
No artigo, Filipe Castro e colegas explicam que o aparecimento do estômago foi um marco na evolução dos gnatostomados, um vasto grupo de vertebrados que inclui a maior parte dos peixes, bem como os anfíbios, répteis, aves e mamíferos, e que se caracteriza pela presença de mandíbula e estômago, definido pela presença de glândulas produtoras de enzimas digestivas.
No entanto, há espécies de gnatostomados que perderam o estômago, como é caso das quimeras (um tipo peixe) e os peixes pulmonados, e do ornitorrinco e das equidnas (monotrématos), algo que foi descoberto em 1850 por George Cuvier e Franz Leydig.
Existe uma teoria que relaciona a perda do estômago de certas linhagens de gnatostomados com a perda de certos genes e os investigadores do CIIMAR testaram esta hipótese através da análise genética de todas as linhagens de gnatostomados, isto é, tanto as que têm estômago como as que não o possuem.
Os resultados revelaram os gnatostomados sem estômago não possuem o conjunto de genes responsáveis pela produção das enzimas digestivas. Isto leva os biólogos a concluir que a perda de estômago em alguns gnatostomados está relacionada com a perda destes genes, o que torna improvável, no futuro e por evolução, o reaparecimento do estômago nestas espécies.
Referência bibliográfica:
Castro F. et al. 2014. Recurrent gene loss correlates with the evolution of stomach phenotypes in gnathostome history. Proceedings of the Royal Society B, 281 (1775), doi: 10.1098/rspb.2013.2669
*Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico Fontes: CIIMAR – CI e Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences
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Filipa Alves

Investigadores do CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Universidade do Porto) relacionaram a ausência de estômago em alguns vertebrados com a perda de determinados genes, revela a instituição em comunicado. O estudo, que resolve enigma evolutivo com mais de 150 anos, foi publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
No artigo, Filipe Castro e colegas explicam que o aparecimento do estômago foi um marco na evolução dos gnatostomados, um vasto grupo de vertebrados que inclui a maior parte dos peixes, bem como os anfíbios, répteis, aves e mamíferos, e que se caracteriza pela presença de mandíbula e estômago, definido pela presença de glândulas produtoras de enzimas digestivas.
No entanto, há espécies de gnatostomados que perderam o estômago, como é caso das quimeras (um tipo peixe) e os peixes pulmonados, e do ornitorrinco e das equidnas (monotrématos), algo que foi descoberto em 1850 por George Cuvier e Franz Leydig.
Existe uma teoria que relaciona a perda do estômago de certas linhagens de gnatostomados com a perda de certos genes e os investigadores do CIIMAR testaram esta hipótese através da análise genética de todas as linhagens de gnatostomados, isto é, tanto as que têm estômago como as que não o possuem.
Os resultados revelaram os gnatostomados sem estômago não possuem o conjunto de genes responsáveis pela produção das enzimas digestivas. Isto leva os biólogos a concluir que a perda de estômago em alguns gnatostomados está relacionada com a perda destes genes, o que torna improvável, no futuro e por evolução, o reaparecimento do estômago nestas espécies.
Referência bibliográfica:
Castro F. et al. 2014. Recurrent gene loss correlates with the evolution of stomach phenotypes in gnathostome history. Proceedings of the Royal Society B, 281 (1775), doi: 10.1098/rspb.2013.2669
*Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico Fontes: CIIMAR – CI e Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences
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