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Irão liberta rapper que se manifestou contra o regime e que chegou a ser condenado à morte
Toomaj Salehi escreveu músicas sobre a repressão no país e chegou a manifestar-se publicamente em apoio aos protestos.
As autoridades iranianas libertaram, no domingo, o rapper iraniano Toomaj Salehi, preso por se manifestar contra o regime. O artista tinha sido condenado a pena de morte em abril por um tribunal revolucionário, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal do Irão.
“O indivíduo condenado, Toomaj Salehi, que tinha sido sentenciado a um ano de prisão pelo crime de propaganda contra a República Islâmica, foi libertado da prisão a 1 de dezembro de 2024, depois de ter cumprido a sua pena”, refere um comunicado divulgado pela agência noticiosa Mizan do Poder Judicial, citada pelo Iran Insight.
Salehi foi detido em outubro de 2022 depois de ter feito declarações públicas em apoio aos protestos “Mulher, Vida, Liberdade”. As manifestações decorreram em todo o país após a morte de Mahsa Amini, jovem de 22 anos detida e morta por ter alegadamente utilizado incorretamente o hijab e desrespeitar o código de vestuário.
Para além de falar em apoio aos protestos, as músicas lançadas pelo rapper faziam elogios às manifestações e condenavam a repressão, a injustiça e a pobreza.
Toomaj Salehi foi severamente torturado durante o período passado na cadeia. Segundo o Iran Insight, o cantor terá sido obrigado a fazer "confissões" em televisão.
O cantor foi condenado a 75 meses de prisão em julho de 2023, depois de o Supremo Tribunal iraniano ter anulado a decisão de um tribunal de primeira instância que condenara o rapper à morte. Mais de um ano depois de ter sido detido, foi libertado sob fiança em novembro de 2023.
No entanto, poucos dias depois da sua libertação, Toomaj Salehi publicou um vídeo no qual denunciava toda a tortura e maus-tratos de que tinha sido vítima às mãos dos agentes dos serviços secretos do Irão. Devido a essa ação, voltou a ser detido.
Em abril deste ano, Salehi foi novamente condenado à morte por um tribunal revolucionário de Isfahan por “espalhar a corrupção na Terra", mas o Supremo Tribunal do Irão decidiu anular a sentença.
A libertação de Toomaj Salehi ocorreu algumas semanas depois de o jornalista dissidente iraniano Kianoosh Sanjari se ter suicidado. O ativista tinha avisado que se suicidaria se não fossem libertos vários prisioneiros, incluindo Salehi.
Correio da Manhã

Toomaj Salehi escreveu músicas sobre a repressão no país e chegou a manifestar-se publicamente em apoio aos protestos.
As autoridades iranianas libertaram, no domingo, o rapper iraniano Toomaj Salehi, preso por se manifestar contra o regime. O artista tinha sido condenado a pena de morte em abril por um tribunal revolucionário, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal do Irão.
“O indivíduo condenado, Toomaj Salehi, que tinha sido sentenciado a um ano de prisão pelo crime de propaganda contra a República Islâmica, foi libertado da prisão a 1 de dezembro de 2024, depois de ter cumprido a sua pena”, refere um comunicado divulgado pela agência noticiosa Mizan do Poder Judicial, citada pelo Iran Insight.
Salehi foi detido em outubro de 2022 depois de ter feito declarações públicas em apoio aos protestos “Mulher, Vida, Liberdade”. As manifestações decorreram em todo o país após a morte de Mahsa Amini, jovem de 22 anos detida e morta por ter alegadamente utilizado incorretamente o hijab e desrespeitar o código de vestuário.
Para além de falar em apoio aos protestos, as músicas lançadas pelo rapper faziam elogios às manifestações e condenavam a repressão, a injustiça e a pobreza.
Toomaj Salehi foi severamente torturado durante o período passado na cadeia. Segundo o Iran Insight, o cantor terá sido obrigado a fazer "confissões" em televisão.
O cantor foi condenado a 75 meses de prisão em julho de 2023, depois de o Supremo Tribunal iraniano ter anulado a decisão de um tribunal de primeira instância que condenara o rapper à morte. Mais de um ano depois de ter sido detido, foi libertado sob fiança em novembro de 2023.
No entanto, poucos dias depois da sua libertação, Toomaj Salehi publicou um vídeo no qual denunciava toda a tortura e maus-tratos de que tinha sido vítima às mãos dos agentes dos serviços secretos do Irão. Devido a essa ação, voltou a ser detido.
Em abril deste ano, Salehi foi novamente condenado à morte por um tribunal revolucionário de Isfahan por “espalhar a corrupção na Terra", mas o Supremo Tribunal do Irão decidiu anular a sentença.
A libertação de Toomaj Salehi ocorreu algumas semanas depois de o jornalista dissidente iraniano Kianoosh Sanjari se ter suicidado. O ativista tinha avisado que se suicidaria se não fossem libertos vários prisioneiros, incluindo Salehi.
Correio da Manhã