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Irmã garante que Luaty leva greve de fome até ao fim

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Set 27, 2006
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Centenas de pessoas manifestaram-se em Lisboa pela libertação do rapper que entra hoje no 25.º dia sem ingerir alimentos


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"MPLA, não faz isso! MPLA, não faz isso!", foram os gritos ritmados que se ouviram ontem ao final da tarde no Rossio, em Lisboa, num apelo ao governo de Luanda para que liberte e não deixe que algo de irreversível suceda a Luaty Beirão, que entra hoje, quinta-feira, no 25.º dia de greve de fome.Luaty, de 33 anos, iniciou a greve de fome como forma de contestar a prisão preventiva a que se encontra sujeito desde 20 de junho, com mais 14 jovens. O grupo foi acusado em setembro de rebelião e ameaça à segurança do Estado. Principalmente conhecido como rapper, Luaty está no hospital prisão de São Paulo, em Luanda desde 11 de outubro. Um outro ativista do mesmo grupo, Nelson Dibango, entrou em greve de fome a 9 de outubro.Como explicou ao DN a irmã do rapper, Serena Mancini, "Luaty está muito fraco, deram-lhe uma cadeira de rodas, ele já desmaiou uma vez. Sabemos que os órgãos não estão a falhar, mas está a soro e começa a ter dificuldades na fala". Autoridades médicas dos serviços prisionais mantêm que "não corre risco de vida". Serena, de 24 anos, esteve presente numa iniciativa da Amnistia Internacional (AI) em Lisboa, junto da representação da Comissão Europeia, tendo em seguida as pessoas presentes desfilado até ao Rossio, onde se concentraram em vigília, acompanhada por um grupo de batuques que foi ritmando as palavras de ordem pela liberdade do rapper, e seus companheiros, e contra o regime. De uma coisa Serena está convicta: "Ele, com certeza, tenciona levar até às últimas consequências" a greve de fome, porque o que está aqui em causa, "são os direitos dele e dos outros jovens que estão a ser violados. Acabou o tempo de prisão preventiva e eles continuam encarcerados".


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