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Desnutridos, sujos e com cicatrizes demasiado profundas a marcar os seus pequenos corpos de quatro e seis anos. Assim foram encontrados Pietro e Paolo, nomes fictícios dados pela clínica que os acolheu após serem resgatados da rua pela polícia de Roma, em Itália, e que conta agora a história dos irmãos na sua página de Facebook.
Na publicação, o Policlinico Umberto I revela que os meninos deram entrada no hospital na tarde do dia 10 de maio, depois de terem sido vistos a vaguear sozinhos. Quando as autoridades os abordaram, estes pediram imediatamente ajuda. "Não queremos voltar para a mãe. Estamos com fome. Queremos gelado", terão sido as suas primeiras palavras.
Quando repararam no estado das crianças, os polícias levaram-nos para a unidade hospitalar. Os meninos tinham sérios problemas nutricionais e físicos. Acabaram internados na Unidade Pediátrica de Cuidados Intensivos, onde permaneceram até dia 17 de maio, altura em que foram transferidos para uma unidade de gastrenterologia pediátrica.
Devido aos resíduos presentes no estômago, os profissionais de saúde acreditam que tenham "comido terra porque tinham fome".
"O pequeno Pietro", revela ainda o hospital, "embora já tivesse quatro anos quando foi internado, não conseguia andar. Com o tempo e com a ajuda de fisioterapeutas aprendeu a caminhar, a andar de scooter e até a dançar".
O menino teve ainda de ser submetido a uma delicada operação para reduzir o sangue acumulado, causado pelas agressões que sofreu ao longo dos anos, que estava a pressionar o seu cérebro comprometendo a visão e outras funções.
Entretanto, enquanto os meninos eram tratados, os pais foram acusados de maus-tratos e abandono e viram os seus direitos parentais serem revogados.
No dia 6 de julho, Pietro e Paolo deixaram o hospital e vivem hoje, "serenamente", com uma nova família.
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