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Jerónimo de Sousa
Líder do PCP teve um pequeno banho de multidão numa arruada na Morais Soares. Aproveitou para renovar as críticas à direita.
Jerónimo de Sousa estava ontem satisfeito no final da arruada que desceu a Rua Morais Soares, em Lisboa. Depois das notícias dadas pelo INE, que "confirmaram as denúncias" feitas ao longo dos anos, o secretário-geral comunista acabava de ter um pequeno banho de multidão. "Este desfile confirmou que a CDU está a crescer e está a avançar", estando "mais próxima de concretizar o objetivo de ter mais votos e mais deputados" após as eleições de 4 de outubro, disse aos apoiantes que o ouviam a partir do palanque colocado num canto da Praça do Chile.O desfile começara uma meia hora antes na Praça Paiva Couceiro, onde muitos reformados - homens e mulheres - se entretinham a jogar cartas e se mostravam pouco interessados na política. Com a Charanga Huga a animar o ambiente, Jerónimo de Sousa foi recebendo efusivos apertos de mão, beijos e abraços ao longo da rua.De camisa branca e os polegares no cinto das calças azuis, enquanto esperava que os jornalistas se acotovelassem à sua volta para o voltar a ouvir sobre os dados divulgados pelo INE, o líder da CDU mostrou-se cavalheiro com uma repórter carregada de microfones: "Posso segurar" algum? Passado o breve momento de descontração, seguiu-se o reafirmar das duras críticas com os "partidos da troika" e a insistência na reestruturação da dívida, "pagando o que é legítimo mas libertando meios para produzir mais, criar mais emprego e mais riqueza"."A UE não é nada filantrópica, pensemos em nós", advertiu Jerónimo de Sousa - numa crítica que estendeu à decisão tomada na terça-feira de acolher e repatriar 120 mil refugiados sírios pelos 28 Estados membros da União. "Devemos ser nós e não qualquer entidade estrangeira" a definir os critérios de acolhimento de quem foge "da morte, da guerra, da fome".Na Praça do Chile, onde intervalou os polegares na cintura com uma breve e rara colocação das mãos nos bolsos das calças, o líder da CDU deixou uma garantia: "O desfile carregou-nos as pilhas para continuarmos" a lutar até ao final da próxima semana. Mas avisou, "não devem sentir autossatisfação porque fizeram um grande desfile".
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