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José Saramago aprova esboço de escultura
A escultura de José Saramago que vai ser edificada numa praça de Azinhaga do Ribatejo, terra natal do escritor, deverá ser inaugurada em Dezembro. O esquisso da obra, da autoria de José Rodrigues, obteve já a aprovação do Nobel.
A escultura terá como base um banco de madeira onde José Saramago se senta, à conversa com os amigos ou, simplesmente, a reflectir, sempre que vai a Azinhaga. E a ideia para o monumento é precisamente essa - Saramago sentado, com um livro aberto no colo e a olhar para o infinito, à sombra de um plátano.
"Essa ideia de olhar para o infinito foi até do Saramago, mas é um gesto muito habitual nele, por isso, vou trabalhar nesse sentido", disse José Rodrigues, que confessou ter aceitado o trabalho com muito prazer. "Primeiro, por ser admirador dele, que é, de facto, um grande talento, e, depois, por ser seu amigo há muitos anos".
Admite que, depois de ter estado com Saramago, nunca mais pensou noutra coisa se não na escultura e confessou, ao JN, que vai avançar hoje ou amanhã para a execução em barro.
"Já tenho tudo preparado e vou começar o trabalho. Estou muito entusiasmado e vou avançar já", sublinhou o escultor, que adiantou que a obra será em bronze, de corpo inteiro e um pouco maior do que o tamanho natural.
A vontade em evocar José Saramago através de uma escultura, a colocar na praça central da terra que viu nascer o autor, é fruto do desejo de um grupo de cidadãos de Azinhaga, que viram neste gesto uma forma de homenagear o conterrâneo.
Mas Saramago recusava-se constantemente, até que, um dia, depois de muitas insistências, disse: "Só se for o José Rodrigues a fazer a escultura". A designada Comissão de Homenagem nem olhou para trás. Veio ao Porto solicitar ao escultor a execução da peça. José Rodrigues, "orgulhosamente", aceitou o desafio.
Seguiu-se um encontro (ocorrido anteontem) entre José Saramago e José Rodrigues, que aconteceu precisamente no local onde a escultura será implantada.
E, nesse espaço, depois de uma longa conversa, o escultor concebeu um esboço (reproduzido nesta página), que mereceu por parte do Nobel agrado e a respectiva aprovação.
Agostinho Santos no JN
A escultura de José Saramago que vai ser edificada numa praça de Azinhaga do Ribatejo, terra natal do escritor, deverá ser inaugurada em Dezembro. O esquisso da obra, da autoria de José Rodrigues, obteve já a aprovação do Nobel.
A escultura terá como base um banco de madeira onde José Saramago se senta, à conversa com os amigos ou, simplesmente, a reflectir, sempre que vai a Azinhaga. E a ideia para o monumento é precisamente essa - Saramago sentado, com um livro aberto no colo e a olhar para o infinito, à sombra de um plátano.
"Essa ideia de olhar para o infinito foi até do Saramago, mas é um gesto muito habitual nele, por isso, vou trabalhar nesse sentido", disse José Rodrigues, que confessou ter aceitado o trabalho com muito prazer. "Primeiro, por ser admirador dele, que é, de facto, um grande talento, e, depois, por ser seu amigo há muitos anos".
Admite que, depois de ter estado com Saramago, nunca mais pensou noutra coisa se não na escultura e confessou, ao JN, que vai avançar hoje ou amanhã para a execução em barro.
"Já tenho tudo preparado e vou começar o trabalho. Estou muito entusiasmado e vou avançar já", sublinhou o escultor, que adiantou que a obra será em bronze, de corpo inteiro e um pouco maior do que o tamanho natural.
A vontade em evocar José Saramago através de uma escultura, a colocar na praça central da terra que viu nascer o autor, é fruto do desejo de um grupo de cidadãos de Azinhaga, que viram neste gesto uma forma de homenagear o conterrâneo.
Mas Saramago recusava-se constantemente, até que, um dia, depois de muitas insistências, disse: "Só se for o José Rodrigues a fazer a escultura". A designada Comissão de Homenagem nem olhou para trás. Veio ao Porto solicitar ao escultor a execução da peça. José Rodrigues, "orgulhosamente", aceitou o desafio.
Seguiu-se um encontro (ocorrido anteontem) entre José Saramago e José Rodrigues, que aconteceu precisamente no local onde a escultura será implantada.
E, nesse espaço, depois de uma longa conversa, o escultor concebeu um esboço (reproduzido nesta página), que mereceu por parte do Nobel agrado e a respectiva aprovação.
Agostinho Santos no JN