R
RoterTeufel
Visitante
Castelo Branco: Pais encontram a filha a esvair-se em sangue nas escadas
Jovem degolada por ex-namorado
"Ouvi os gritos da minha filha, abri a porta e já a vi deitada no chão a sangrar. Tive o instinto de agarrar o agressor com todas as forças, porque já não podia valer à minha menina." O desabafo, com voz embargada, de José Martins sintetiza a forma como a sua filha única, de 28 anos, foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado, ontem ao início da madrugada no Bairro Valongo, em Castelo Branco. O suspeito foi preso pelo pai da vítima até à chegada da PSP que depois o entregou à Polícia Judiciária.
Carla Sofia Martins, mestre em Biologia e funcionária no callcenter da PT em Coimbra, foi atacada pelo ex-namorado, de 29 anos, quando, depois de ter jantado com uma prima, entrava em casa dos pais, na rua Vale da Raposa.
O suspeito, que esperava a jovem armado com uma faca – com 15 centímetros de lâmina – atacou-a pelas costas e sem piedade. "Atingiu-a com grande violência no pescoço", diz o pai.
Carla Martins só teve tempo para gritar por socorro. O pai foi rápido a reagir, mas já não foi a tempo de livrar a filha das garras do criminoso. Conseguiu, no entanto, apanhá-lo, evitando a fuga deste, e foi esfaqueado na zona esquerda da omoplata.
Depois, uma agente da PSP que reside perto foi prestar socorro e conseguiu retirar a arma branca das mãos do homicida, estudante e residente na zona de Coimbra.
Tudo aponta para que na origem do crime estejam questões passionais. Motivo: Carla Sofia decidiu há um ano terminar o namoro com o suspeito, atitude que ele nunca aceitou e que durante este tempo originou grandes discussões e agressões contra a jovem.
O pai referiu ontem não conhecer o ex-namorado, mas a filha confidenciou à mãe que "tinha sido várias vezes ameaçada. Nunca pensei que pudesse acontecer uma coisa destas. Estou destroçado", diz José Martins, aposentado da GNR. O suspeito foi interrogado pela PJ e vai ser hoje presente ao juiz do Tribunal de Castelo Branco.
"PROFISSIONAL EXEMPLAR E AMIGA DE TODOS"
A morte de Carla Sofia deixou em choque os alunos da Faculdade de Ciências de Coimbra, onde estudou, e os funcionários do callcenter da PT na cidade, onde trabalhava. Em termos profissionais, a jovem "andava encantada da vida" porque tinha acabado de ganhar uma bolsa para fazer um doutoramento na área da Biologia, que iria dividir entre as cidades de Aveiro e Bruxelas. A mudança de residência também terá aumentado o "desgosto e raiva" do ex-namorado. Os colegas de Carla Sofia no callcenter estão "aterrorizados" com a forma como foi morta. "Estamos destroçados. A Carla era uma excelente pessoa e companheira. Uma profissional exemplar e sempre disponível para fazer mais horas ou ajudar os colegas. É uma perda enorme", referiu ontem ao Correio da Manhã uma companheira do serviço.
"FOI VÍTIMA DE UMA MORTE MUITO VIOLENTA"
Carla Sofia era mestre, mas não exibia as suas habilitações. É descrita pelos amigos e vizinhos como uma pessoa "muito humilde" e sempre disposta a trabalhar em qualquer coisa. "Quando estava em Castelo Branco, ajudava os pais nos trabalhos da terra", conta José Martins, tio, frisando que a forma brutal como foi morta não deixou ninguém indiferente. "Foi vítima de uma morte muito violenta", acrescentou. Dezenas de pessoas passaram ontem pela casa dos pais onde deixaram uma palavra de conforto. "Como é que é possível haver gente capaz de fazer isto a uma jovem?", foi a pergunta que mais se ouviu.
PORMENORES
MÃE EM CHOQUE
Hortência Martins, de 47 anos, ficou em choque quando viu a filha morta à porta de casa. Desmaiou e foi levada pelo INEM para o hospital.
CHEGOU ÀS 22H00
Carla Sofia viajou de comboio de Coimbra para Castelo Branco, onde chegou às 22h00. O pai foi buscá-la à estação e depois saiu com o seu carro para jantar.
HOMICIDA ESPEROU-A
O ex-namorado esperou-a, à porta de casa e no carro. Depois atacou-a pelas costas.
Fonte Correio da Manhã
Jovem degolada por ex-namorado
"Ouvi os gritos da minha filha, abri a porta e já a vi deitada no chão a sangrar. Tive o instinto de agarrar o agressor com todas as forças, porque já não podia valer à minha menina." O desabafo, com voz embargada, de José Martins sintetiza a forma como a sua filha única, de 28 anos, foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado, ontem ao início da madrugada no Bairro Valongo, em Castelo Branco. O suspeito foi preso pelo pai da vítima até à chegada da PSP que depois o entregou à Polícia Judiciária.
Carla Sofia Martins, mestre em Biologia e funcionária no callcenter da PT em Coimbra, foi atacada pelo ex-namorado, de 29 anos, quando, depois de ter jantado com uma prima, entrava em casa dos pais, na rua Vale da Raposa.
O suspeito, que esperava a jovem armado com uma faca – com 15 centímetros de lâmina – atacou-a pelas costas e sem piedade. "Atingiu-a com grande violência no pescoço", diz o pai.
Carla Martins só teve tempo para gritar por socorro. O pai foi rápido a reagir, mas já não foi a tempo de livrar a filha das garras do criminoso. Conseguiu, no entanto, apanhá-lo, evitando a fuga deste, e foi esfaqueado na zona esquerda da omoplata.
Depois, uma agente da PSP que reside perto foi prestar socorro e conseguiu retirar a arma branca das mãos do homicida, estudante e residente na zona de Coimbra.
Tudo aponta para que na origem do crime estejam questões passionais. Motivo: Carla Sofia decidiu há um ano terminar o namoro com o suspeito, atitude que ele nunca aceitou e que durante este tempo originou grandes discussões e agressões contra a jovem.
O pai referiu ontem não conhecer o ex-namorado, mas a filha confidenciou à mãe que "tinha sido várias vezes ameaçada. Nunca pensei que pudesse acontecer uma coisa destas. Estou destroçado", diz José Martins, aposentado da GNR. O suspeito foi interrogado pela PJ e vai ser hoje presente ao juiz do Tribunal de Castelo Branco.
"PROFISSIONAL EXEMPLAR E AMIGA DE TODOS"
A morte de Carla Sofia deixou em choque os alunos da Faculdade de Ciências de Coimbra, onde estudou, e os funcionários do callcenter da PT na cidade, onde trabalhava. Em termos profissionais, a jovem "andava encantada da vida" porque tinha acabado de ganhar uma bolsa para fazer um doutoramento na área da Biologia, que iria dividir entre as cidades de Aveiro e Bruxelas. A mudança de residência também terá aumentado o "desgosto e raiva" do ex-namorado. Os colegas de Carla Sofia no callcenter estão "aterrorizados" com a forma como foi morta. "Estamos destroçados. A Carla era uma excelente pessoa e companheira. Uma profissional exemplar e sempre disponível para fazer mais horas ou ajudar os colegas. É uma perda enorme", referiu ontem ao Correio da Manhã uma companheira do serviço.
"FOI VÍTIMA DE UMA MORTE MUITO VIOLENTA"
Carla Sofia era mestre, mas não exibia as suas habilitações. É descrita pelos amigos e vizinhos como uma pessoa "muito humilde" e sempre disposta a trabalhar em qualquer coisa. "Quando estava em Castelo Branco, ajudava os pais nos trabalhos da terra", conta José Martins, tio, frisando que a forma brutal como foi morta não deixou ninguém indiferente. "Foi vítima de uma morte muito violenta", acrescentou. Dezenas de pessoas passaram ontem pela casa dos pais onde deixaram uma palavra de conforto. "Como é que é possível haver gente capaz de fazer isto a uma jovem?", foi a pergunta que mais se ouviu.
PORMENORES
MÃE EM CHOQUE
Hortência Martins, de 47 anos, ficou em choque quando viu a filha morta à porta de casa. Desmaiou e foi levada pelo INEM para o hospital.
CHEGOU ÀS 22H00
Carla Sofia viajou de comboio de Coimbra para Castelo Branco, onde chegou às 22h00. O pai foi buscá-la à estação e depois saiu com o seu carro para jantar.
HOMICIDA ESPEROU-A
O ex-namorado esperou-a, à porta de casa e no carro. Depois atacou-a pelas costas.
Fonte Correio da Manhã